Jesus Cristo esperado para salvar a humanidade

Jesus Cristo esperado para salvar a humanidade Foto: Marcondes Maciel Notícia do dia 25/12/2015

Um dos símbolos do Natal mais tradicional entre os católicos, o presépio presente da Catedral de Nossa Senhora do Carmo, chama a atenção pelo fato de não estar presente a figura de Jesus Cristo recém-nascido, nos dias que antecedem a noite de Natal. Entretanto, o que muitos não sabem é o significado para ausência do Menino Jesus na manjedoura, como explica o bispo Dom Giuliano Frigeni.

 

De acordo com o líder católico, além do motivo religioso, o presépio cumpre uma função didática. Ele narra a história do nascimento de Cristo, através dos quadros compostos pelas figuras: a estrela-guia, os magos a caminho de Belém, a gruta, a manjedoura, o Menino, adorado pelos reis, os pastores, os anjos, a Virgem ao lado de São José, o boi, o jumento e o carneirinho.

 

O bispo explica que o Cristo nasce na noite de Natal e o advento prepara o povo católico para o encontro com o Menino Jesus ressuscitado, por isso a imagem de Cristo não se faz presente no presépio, antes da noite de Natal. “Se ele já estivesse lá na manjedoura seria um gesto falso de espera. Na liturgia a gente acompanha em procissão o Menino Jesus até o presépio, na noite de Natal”, ressalta.

História
Dom Giuliano pontua que esse gesto indica que Deus é onipotente, é o criador e acima de tudo Ele se faz encontrar em um bebê recém-nascido. “E o método de Deus continua, porque de fato, nós encontramos esse Deus da Bíblia, dentro da vida das crianças, dos pais, das mães, dos pobres, dos humildes, não daqueles poderosos que querem construir bombas para fazer o mal”, frisa.

 

Para o bispo diocesano de Parintins, o método do Natal continua na Igreja até os dias atuais. O religioso salienta que é até mais humano encontrar Ele no presépio do que até na eucaristia que é o grande sacramento de Cristo. “A gente adora na eucaristia o próprio Cristo, mas também a gente contempla no presépio esta humildade Dele e que há de permanecer o tempo todo”, diz.

 

Entretanto, informa o bispo, o frade Francisco de Assis foi quem inventou o presépio para ajudar as pessoas que escutavam somente as palavras a ver a reconstrução dos personagens da mãe, o pai, os pastores e a natureza que se dobra diante desse Deus que se faz pequeno. “E outra coisa: de qualquer forma a liturgia do advento que nos prepara para o Natal, nos prepara para a segunda vinda de Cristo”.

 

O pastor católico ressalta que Jesus Cristo ainda não está aqui e ainda não voltou na sua glória, pois Ele vai voltar não ao contrário da sua humildade, e sim na sua glória como rei do universo. “Ele volta no fim da história e esperamos que volte, porque nunca mentiu. Ele é príncipe da paz, que disse eu sou o caminho, a verdade. Um Deus ao alcance de todos, dos que têm o coração simples e humilde”, enfatiza o bispo.

 

Marcondes Maciel/Repórter Parintins

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