Grupo ambiental denuncia morte de igarapés

Grupo ambiental denuncia  morte de igarapés Foto: Neudson Corrêa Notícia do dia 22/12/2015

“Não deixe meu rio secar, agonizar e morrer”, estre trecho da toada “A vida depende da vida” do compositor Emerson Maia retrata bem uma denúncia apresentada pelo Grupo Ambiental Natureza Viva (Granav) que aponta a morte de sete igarapés do município de Parintins, região do Assentamento Vila Amazônia. Desmatamento, assoreamento e demais ações criminosas do homem seriam os causadores do desastre ambiental.

 

O presidente do Granav, Fernado Carvalho, aponta para o desaparecimento de sete dos mais de 15 riachos das comunidades do Murituba, Laguinho e Nova Olinda. “Sete riachos deixaram de existir. O assoreamento é o principal motivo, as grandes derrubadas. Outro problema é a venda de terras na Gleba de Vila Amazônia pra grandes fazendeiros e essas grandes derrubadas que os fazendeiros fazem também vem causando prejuízo enorme”, comenta.

 

Além do impacto ambiental, o desaparecimento dos riachos causa transtorno aos moradores daquela região. “Todas nossas comunidades são cortadas por igarapés e é preocupante. Hoje tem comunidade que está sofrendo com falta de água, porque se utilizavam desses igarapés”, revela Carvalho.

 

Na tentativa de evitar maior depredação da natureza, em especial, o desaparecimento de novos igarapés, o Granav realiza um trabalho de conscientização da população local para que cuide da região. “É um trabalho de conscientização das comunidades para o futuro porque esses aí já estão praticamente perdidos”, informa Fernando Carvalho, apontando o reflorestamento das margens dos igarapés como uma solução para o problema.

 

Eldiney Alcântara/Repórter Parintins

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