Foto: Divulgação/Família
Notícia do dia 18/12/2015
A pequena Gabriely da Silva Conceição, 8 anos, luta contra um câncer nos rins desde quando tinha 1 ano. Ela foi diagnosticada com uma doença rara chamada Tumor de Wilms e, desde então, ela e a família têm uma rotina cansativa de hospital, remédios, cuidados e limitações. A saúde da menina é delicada e os pais tiveram que mudar de cidade e a forma de trabalho para cuidar da garota.
Após exames médicos foram detectados nódulos lobo nas partes superior e inferior dos pulmões esquerdo e direito, o que apontou para o câncer nos rins. O Tumor de Wilms para pulmão é um tumor maligno dos rins, que tem uma capacidade de desenvolvimento muito rápido e geralmente cresce bastante antes de ser diagnosticado. Em crianças, esse tumor é a neoplasia mais comum envolvendo o espaço retroperitoneal. A idade média na época do diagnóstico é de 3 anos. A causa do tumor de Wilms não é conhecida. As evidências atuais envolvem fatores genéticos desconhecidos.
O pai de Gabriely, Marcelo Oliveira Conceição, 35, informa que a menina sente dores nas pernas, cansaço, dor de cabeça, falta de ar e em algumas vezes, quando está com plaquetas baixas, chega a perder parcialmente a visão. Com apenas 8 anos de idade, ela já passou por 4 cirurgias e enfrenta cansativas sessões de quimioterapia todos os dias. Ela está sem cabelos e pouco debilitada devido a forte medicação.
Mudança de rotina
Devido ao estado de saúde da filha, pai e mãe decidiram morar em Manaus. Eles não têm casa nem emprego na capital, venderam o que tinham em Parintins, incluindo os produtos de comércio autônomo que possuíam. Uma mudança radical pela saúde da filha. “Quando eu soube que ela estava com essa doença eu tive que vender tudo para a gente ir pra Manaus em prol à saúde dela”, revela.
A tia de Gabriely, Lucimara Oliveira, 23, que inicialmente, abrigou a família, afirma que a rotina da menina é diferenciada e cansativa. Segundo ela, “tem que ter um cuidado especial” com Gabriely devido a alimentação adequada e medicação. A casa de Lucimara é longe do Cecom (Centro de Controle de Oncologia do Amazonas) e foi preciso alugar um quarto mais próximo de onde a menina faz o tratamento.
O pai está desempregado, mas atua no comércio como vendedor autônomo e o que consegue é investido no tratamento da filha e nas despesas na capital. A mãe, Elizandra Ramos da Silva não pode trabalhar, porque vive em função dos cuidados da filha, é uma acompanhante que fica dia e noite ao lado da menina. “Fica difícil, para a gente, porque não temos um trabalho fixo, trabalhamos avulso, por conta própria”, conta.
Gabriely foi liberada pela médica para passar as festas de fim de ano com a família em Parintins. Ela retorna a Manaus no dia 4 de janeiro de 2016 para retomar as sessões de quimioterapia.
Solidariedade
Os recursos que conseguiram com as vendas está mantendo a família em Manaus com os gastos de alimentação, aluguel, transporte, exames e remédios. Porém, o dinheiro está acabando e eles precisam de ajuda.
Para custear as despesas com o tratamento, a família de Gabriely conta com a solidariedade de amigos e pessoas caridosas. Eles organizam uma rifa que vai acontecer na segunda-feira, 21. Marcelo conta com a solidariedade dos parintinenses para enfrentar a doença da filha. “A gente precisa de colaborações da população que puder ajudar a gente”, solicita.
A pequena Gabriely ainda vai passar por novos exames e sessões de quimioterapia. Dependendo dos resultados, ela pode ser submetida a um transplante de medula. Outra possibilidade é uma cirurgia num hospital do Sudeste do país. A família ora para que as duas ações não sejam precisas. As pessoas que puderem ajudar com o tratamento dela podem entrar em contato pelo telefone (92) 99143-3035 ou no endereço: Rua Sete de Setembro, n° 1800, Palmares.
Eldiney Alcântara/Repórter Parintins
