![Arte é dom compartilhado em família e atravessa gerações Arte é dom compartilhado em família e atravessa gerações](https://files.reporterparintins.com.br/documents/arte-e-dom-compartilhado-em-familia-e-atravessa-as-geracoes-g.jpg)
As festas de fim de ano estão chegando e a artesã Josenilda Silva Batista, 46, usa sua arte para ganhar uma renda extra. A confecção de arranjos natalinos é uma alternativa que a parintinense encontrou para se livrar da crise econômica que afeta o país. O trabalho artesanal é um dom compartilhado em família e que atravessa gerações.
Josenilda é artesã profissional há mais de 3 anos e aperfeiçoou o dom legado pela mãe em cursos profissionalizantes que fez ao longo da vida. Ela é artesã profissional, tem registro na Confederação Nacional do Trabalhador Manual e faz parte do Programa Artesanato Brasileiro. Solteira, ela mora com duas filhas (11 e 13 anos), que a ajudam na confecção dos arranjos e demais artesanatos comercializados.
Para festejar o Natal, a artesã cria e confecciona arranjos que enfeitam as casas das pessoas e geram renda para a família dela. Anjos, bonecas, Papai Noel, vasos decorados, flores, botas de Papai Noel, guirlandas e muitos outros objetos são vendidos enfrente à residência de Josenilda na avenida Paraíba, Itaúna II, 3969. Ela usa materiais reciclados misturados com papeis e brilhos decorativos que dão um toque de requinte às criações.
Josenilda aprendeu a confeccionar artesanatos com a mãe e hoje ensina as filhas. Para aprimorar o dom, ela participou de cursos no Centro de Educação Tecnológico do Amazonas (Cetam) e Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). “São dons divinos que Deus me deu. Eu já vim com esse dom desde criança, minha mãe também era artesã e vai passando de pai para filho”, revela.
Em momentos de crise, a arte de Josenilda ajuda a pagar as contas e manter a família. Ela já vendeu quase toda a produção, quando os arranjos estão terminando ela confecciona mais e abastece o estoque. “Esse artesanato que eu fabrico é meio de viver, é deles que eu tiro meu pão de cada dia e sustento minha família”, afirma.
Eldiney Alcântara/Repórter Parintins