Foto: Reprodução internet
Notícia do dia 11/12/2015
A microcefalia, doença causada pela zika vírus, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, mesmo vetor da dengue e da febre chikungunha, ganha atenção da Vigilância em Saúde de Parintins. O gerente da Vigilância Sanitária, Marcos Batista, informa que acompanha o fato e se diz preocupado, uma vez que foram encontradas suspeitas de casos da doença em Manaus.
A doença identificada no Brasil põe em alerta a população brasileira. O primeiro caso de zika vírus foi registrado, no Nordeste, em abril deste ano, sendo a principal característica, a diarreia.
No Amazonas, 19 casos suspeitos de zika vírus foram notificados, sendo duas em mulheres grávidas que estão na fase final da gestação e um caso confirmado. O vírus pode estar por trás do aumento de casos de microcefalia. A informação foi confirmada pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) e enviada, na manhã desta quinta-feira (10), à Fundação de Vigilância em Saúde (FVS).
O Acre registrou o nascimento de três bebês com microcefalia, cujas mães viajaram para a região nordeste no período de gestação.
Já forma detectados casos de zika vírus em 18 estados brasileiros. O Ministério da Saúde já confirmou três mortes relacionadas ao zika. Marcos Batista explica que a doença é transmitida pela picada do mosquito aedes e tem sintomatologias parecidas com a dengue como febre, dores musculares e coceiras.
“Há preocupação pelo fato de ter o mesmo vetor da dengue e chikungunya e há essa preocupação na intensificação dos trabalhos”, informa Marcos, apontando para o trabalho de combate à proliferação do mosquito que vai ser realizado no município. Ele destaca o caráter informativo que deve haver para orientar a população. “Estar chamando a mídia para estar reportando isso junto ao Setor de Vigilância em Saúde e levando as informações para a população”, ressalta.
Segundo Marcos, agentes de saúde percorrem a cidade com o objetivo de orientar os moradores sobre os cuidados com os terrenos para eliminar os criadouros do mosquito transmissor.
Ainda não há um trabalho específico de combate ao zika vírus em Parintins, mas o setor de Vigilância Sanitária “vai tentar desenvolver uma campanha junto ao setor de vigilância epidemiológico para tentar desenvolver um trabalho”, conta Batista, destacando a importância de se promover uma ação nesta época do ano em que o município recebe visitantes para shows de turistas dos bumbás.
O zika vírus foi detectado pela primeira vez em macacos rhesus da floresta Zika, na Uganda, em 1947. Por mais de 50 anos causou pequenos surtos em animais pouquíssimos casos em humanos. O maior registro da doença aconteceu na Polinésia Francesa que passou por uma epidemia em 2013. Ainda não há certeza de como a doença chegou ao Brasil, suspeita-se que tenha iniciado com a realização de grandes eventos em massa, como a Copa do Mundo de Futebol.
Eldiney Alcântara/Repórter Parintins
