População teme novos ataques de atiradores

Medo nas redes sociais apontam para uma Parintins sitiada

População teme novos ataques de atiradores Foto: Reprodução Internet/Agora Parintins Notícia do dia 08/12/2015

Mortes, ataques de atiradores, acertos de contas, briga pelo comando do tráfico e outros trágicos, fatos que estariam acontecendo em Parintins se espalham pelas redes sociais, em especial, em grupos de WhatsApp. Desde a semana passada a cidade é bombardeada por rumores de ataques e mortes violentas. Notícia se mistura a boato e causa dúvida e impõe medo à população.

 

A onda de informação e rumores iniciou desde a morte do sargento da PM Fernando Silva, no último sábado, 5. Alguns fatos são compartilhados com fotos e textos fortes que assustam. No entanto, a grande maioria das pessoas não sabe informar se o fato é verídico. Porém, a simples dúvida já gera medo.

 

“Acaba acontecendo um pânico pra gente. As notícias nas redes sociais e aplicativos de comunicação instantânea acabam por se espalhar com muita velocidade e muitas vezes essas notícias são aumentadas, causando ainda mais medo”, diz o vendedor Endrew Sicsu, 22.

 

Para a pedagoga Ana Paula Magno, 22, as redes sociais são importantes meios de comunicação. Ela ressalta que devem ser usadas de forma responsável. “É uma forma de ter informações do que está acontecendo ao nosso redor e até alertar pessoas que consideramos importantes, quando necessário. Mas sem pensar em distorcer o fato”.

 

O universitário Rainer Marchão, 22, também acompanha as notícias que circulam internet. Ele pede uma posição oficial da polícia quanto a isso. “Se estão havendo mesmo esses ataques aqui em Parintins deveria haver uma melhor investigação da polícia acompanhado de um boletim noticiado pelos os meios de comunicação, informando direito. Muitas das vezes acabam sendo informadas de formas errôneas e levando a população certamente a ficar em pânico”, sugere.

 

As informações chegam a outras cidades e causam pânico a parintinenses que moram fora e tem familiares na Ilha Tupinambarana. Marcelo Xavier, 34, saiu de Parintins para estudar Enfermagem em Manaus há quatro anos. Ele se diz preocupado com os rumores de violência que chegam à capital.

 

“Fico muito preocupado com tudo isso. Chego a entrar em contato com minha mãe de 3 a 4 vezes por dia pra saber se tá  tudo bem. Fico muito preocupado com os acontecimentos que chegam pelas redes sociais. O que dá pra entender é que Parintins está cada dia mais perigosa, que nossa cidade está o descaso, porque a criminalidade só aumenta. A ideia que passa na mente é que na cidade está prevalecendo o medo a cada um. No bairro onde minha família mora estão acontecendo ataques, e brigas desordenadamente”, desabafa.

 

A grande maioria das conversas que circula nas redes sociais ainda não foram confirmadas. O administrativo escolar Rogerson Filgueira, conta que é preciso verificar a informação antes de se tomar qualquer atitude. “Eu não levo muito em consideração, pois grande maioria é sem relevância ou sem fonte segura, mas dependendo da origem da informação podemos acreditar”, pondera.

 

O autônomo William Muniz, 28,  critica o posicionamento da polícia quanto a essa situação na cidade, pois não se viu ainda nenhuma resposta deles a essas ações criminosas. É muito estranho após a morte do policial acontecer essas coisas”.

 

Em resposta aos acontecimentos, a polícia orienta à população a não entrar em pânico e não acreditar em tudo que é repassado na internet, sem fontes seguras. O investigador Erisson Coelho informa que até o momento não há qualquer prova colhida sobre uma suposta onda de ataques em Parintins e, portanto, não dá para afirmar nada. Segundo ele, até então são muitos boatos na cidade.

 

Eldiney Alcântara/Repórter Parintins

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