Orçamento alto é um dos principais motivos para o cancelamento da obra que daria a Parintins um novo prédio para o 11° Batalhão da Polícia Militar. O projeto anunciado pelo Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas, orçado em mais de R$ 6 milhões, não vai sair do papel e a PM/Parintins vai para as dependências do Pelotão Mirim, enquanto aguarda reforma do antigo quartel, localizado na avenida Nações Unidas.
Segundo o comandante da PM/Parintins, tenente-coronel Valadares Júnior, o Governo do Amazonas informou que não dispõe, no momento, de recursos para a construção de um novo prédio para o Batalhão da Ilha Tupinambarana. A solução encontrada foi reformar o antigo quartel, interditado no dia 22 de maio de 2013 devido a rachaduras em paredes e colunas.
O comandante do CPI (Comando de Policiamento do Interior), tenente-coronel Pedro França, também apresentou outros motivos para manter o prédio da PM no mesmo endereço como o posicionamento centralizado na cidade, a utilização da fibra ótica que passa no local e até o fato daquele espaço já ser conhecido pela população. “É um prédio histórico, antigo. É uma referência dentro da comunidade”, afirma. França informa ainda que o local pode ser usado como um mini CIOCS (Centro Integrado de Operações Conjuntas da Saúde).
As obras no prédio da PM serão voltadas para reconstrução do teto e reparos nas paredes e colunas comprometidas com rachaduras. Engenheiros e responsáveis pelo comando da PM no Estado visitaram o local e já iniciaram o projeto de reforma. Os trabalhos devem iniciar em janeiro de 2016 com previsão para o término no mês de março. Não foi divulgado o valor da obra, apenas foi informado que será bem menor que os R$ 6 milhões orçados para a construção de um novo quartel.
Ameaçado
Com a reforma, a Polícia Militar ocupa as salas de aula do projeto socioeducativo Pelotão Mirim. A medida compromete a realização dos trabalhos do programa em 2016, uma vez que, segundo Valadares, as aulas só serão retomadas quando a reforma do quartel for finalizada. Tenente-coronel Pedro França garantiu que o projeto prossegue e será ampliado.
Outra mudança no projeto é o fim da parceria da polícia com a Prefeitura Municipal de Parintins, uma vez que não serão mais contratados professores, voltando ao formato original. Segundo Valadares, só atuarão no Pelotão Mirim os policiais da PM/Parintins e estagiários enviados pelas universidades da cidade.
Eldiney Alcântara/Repórter Parintins