A fumaça que encobre a cidade na manhã desta quarta-feira, 2 de dezembro é a mais intensa das três últimas semanas. A causa apontada pelas autoridades ambientais, como o chefe do Ibama, em Parintins, Huelinton Ferreira, são as constantes queimadas que vem acontecendo na zona rural, mas o problema está em todo o município: zona urbana e rural.
Conforme as publicações nas redes sociais a fumaça afeta a população impiedosamente. Pelas imagens capturadas das contas de Facebook dos internautas Márcio Costa, Cristian Paz, Kayser Fernandes e as fotos enviadas para o REPÓRTER PARINTINS pelo professor Raidenor Stone e repórter fotográfico Igor de Souza são de diversos pontos como comunidade Macurani, Palmares, Djard Vieira e Centro da Cidade.
O maior templo católico do Norte do Brasil, a catedral Nossa Senhora do Carmo, na noite desta terça-feira, 1º de dezembro, indica uma cidade invadida por fumaça.
Conforme dados obtidos pelo REPÓRTER, há mais de vinte dias a fumaça mudou a paisagem da região, além do mal-estar nas pessoas com por causa dos problemas respiratórios. De acordo com o médico Adelson Sarraf as principais doenças são aquelas relacionadas ao sistema respiratório como rinite, bronquite, sinusite, asma e até um quadro de intoxicação causada pelos componentes da fumaça.
Para evitar que a fumaça sufoque ainda mais, as pessoas estão utilizando máscaras para tentar se proteger dos gases tóxicos. “As autoridades não tomam providência. Não há campanha de orientação e conscientização. Não há mobilização por parte do poder público. Parece que está todo mundo de braços cruzados diante deste sério problema”, comenta a aluna Neuza Nogueira.
No início da semana o delegado Reinaldo Figueira fez uma solicitação, em programa de rádio, para que a população evite tacar fogo no lixo ou mesmo não fazer queimadas nas propriedades rurais.
Neudson Corrêa/Repórter Parintins
Fotos: Kayser Fernandes, Márcio Costa, Neudson Corrêa e Raidenor Stone