Vanessa Gonçalves vota com oposição

Vanessa Gonçalves vota com oposição Foto: Arquivo JRP/Igor de Souza Notícia do dia 01/12/2015

Não deu pra entender a guinada que fez a Câmara Municipal de Parintins nesta semana. A atitude de Vanessa Gonçalves (Pros) pegou a base aliada do prefeito Alexandre da Carbrás (PSD) de surpresa. Vanessa votou a favor do requerimento do vereador Mateus Assayag (PSDB) que solicita a inclusão de calçadas para pedestres nas laterais na avenida Paraíba.

 

O vereador Ray Cardoso, o Cabeça, considerado opositor ferrenho da gestão Carbrás, votou contra o requerimento. Vanessa que faz uma situação moderada votou com o grupo de oposição como havia prometido.

 

Por cinco votos a três, venceu a oposição com votos de Mateus Assayag, Juliano Santana (PDT), Rildo Maia (PSD), Nelson Campos (PRTB) e Vanessa Gonçalves.

 

Os vereadores Cabeça, Ernesto Cardoso e Gelson Moraes votaram contra a inclusão do acesso para pedestres.

 

O presidente do Legislativo, Everaldo Batista, que faz papel de líder do prefeito, ainda aguardava a chegada do projeto da obra para provar que a preocupação de Mateus era exagerada.

 

Por pouco

O prefeito Alexandre da Carbrás teria confidenciado a interlocutores que quase reedita o episódio em que esmurrou o vereador Henrique Medeiros, em 1998, quando a Câmara Municipal ainda funcionava em um prédio da Associação Comercial de Parintins, em frente a antiga Praça Cristo Redentor.

 

Dessa vez a vítima seria o vereador Juliano Santana (PDT). Carbrás disse que se sentiu aborrecido quando Juliano lhe ralhou na audiência pública que discutia no auditório da UEA, a problemática da lixeira pública. O puxão de orelha teria sido em frente a uma plateia formada por alunos, professores e moradores dos bairros próximos.

 

No episódio contra Henrique, ele denunciava a demissão de dois mil funcionários da prefeitura e os servidores que ficaram nos empregos já estavam há quatro meses sem receber seus vencimentos.

 

Parintins não tem crise

O município de Parintins é o único, no Amazonas, que não está em crise, apesar do gestor Alexandre da Carbrás (PSD) ter declarado que sim, no dia 31 de agosto deste ano, na Câmara Municipal, ocasião em que anunciou a demissão na administração municipal. Estima-se algo em torno de 1,5 mil servidores.

 

Nesta semana, o prefeito enviou para a Câmara a Lei de Diretrizes Orçamentárias e a Lei de Orçamentária Anual (LOA), cujo valor está estimado em R$ 158 milhões, portanto, R$ 10 milhões a mais do que a LOA deste ano de 2015, aprovada pelos vereadores.

 

Remanejamento

O prefeito Alexandre da Carbrás, entre os seus devaneios, sempre surge com umas ideias mirabolantes. Dessa vez, Carbrás propôs para os vereadores a aprovação de nada mais nada menos que o remanejamento de 80% do orçamento de 2016. Ou seja, é pedir um cheque em branco para gastar como bem entender o dinheiro público. Como entender uma crise no município com tanto dinheiro nos cofres da Prefeitura de Parintins?

 

Ralho

Em Maués, onde foi prestigiar a Festa do Guaraná, no fim de semana, maior evento cultural do município, o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga (PMDB), comentou a um interlocutor sobre o racha do seu grupo político em Parintins.

 

Para o vereador Ray Cardoso, Braga teria dado uma bronca, coisa que já havia feita há três meses, em Manaus, quando pediu união do grupo, antes formado por Juliano Santana, o Petro Velho (PDT), Mateus Assayag (PSDB), Rildo Maia (PSD) e Ray Cardoso (PMDB).

 

“Eu vou a Parintins não para apagar incêndio. Resolvam a situação entre vocês”, disse o ministro Eduardo Braga que virá a Parintins no dia 19 deste mês para inaugurar o programa Luz Para Todos nas regiões dos rios Uaicurapá, Jará e Jacu.        

 

Braga também vai pernoitar em Parintins quando participa de uma ação do PMDB Mulher, que tem como presidente a empresária Márcia Baranda.

 

Sem noção

A um ano e seis meses do início das obras de elevação da pista da avenida Paraíba, em maio do ano passado, a prefeitura resolveu instalar a placa de indicação da execução dos serviços. Ela foi fincada em frente a feira Zezito Assayag, obra que foi abandona com a construção da avenida. As descrições na placa omitem o nome da empresa responsável pela execução da obra que já teve três empresas no comando dos trabalhos.

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