A mudança de unidade médica para universidade de medicina será a alternativa para manter em funcionamento um dos projetos em saúde da Diocese de Parintins que há vários anos corre o risco de fechamento, o hospital Padre Colombo. Com a aprovação para a instalação do curso de medicina em Parintins pelo Ministério da Educação (MEC), Parintins será a única cidade do interior do Amazonas a receber um novo curso de medicina.
O resultado saiu no mês de junho após inspeção do MEC sobre as condições da cidade para receber o curso de medicina, porém a direção do Padre Colombo ainda aguarda a resposta do MEC. “A cidade definida pelo MEC é Parintins e possivelmente o Padre Colombo, uma vez que se cumpriu os requisitos exigidos pelo Ministério da Educação. Falta somente liberar o edital para realizar a chamada pública para as universidades se habilitarem para iniciarem o curso”, disse o bispo.
De acordo com o bispo dom Giuliano Frigeni, atualmente um dos gargalos do Padre Colombo é quanto ao pagamento de funcionários que não são pagos pela Secretária de Estado da Saúde (Susam) e nem pela Prefeitura Municipal. “São 70 empregados que a Susam deveria pagar, mas temos que mantê-los com o dinheiro da Diocese”, disse.
Ao todo são 190 funcionários entre os que são contratados pelo Governo do Estado e Prefeitura, além dos 70 mantidos pelo próprio hospital. “Nossa folha de pagamento só com nossos contratados chega até R$ 178 mil por mês. Houve o concurso da Susam, mas nenhum funcionário veio para o Padre Colombo e sim pro Jofre Cohen”, explicou.
Dom Giuliano acredita que uma das maneiras de manter o serviço médico no Padre Colombo será com a transformação da unidade de saúde em uma universidade do Baixo Amazonas.
Visita técnica
Na visita técnica, os avaliadores do MEC verificaram se a estrutura da rede de saúde de Parintins atende o mínimo necessário para comportar as atividades práticas do curso. Também foi observado se o município tem leitos do Sistema Único de Saúde (SUS) por aluno igual ou maior que cinco; número de estudantes por equipes de atenção básica menor ou igual a três; leitos de urgência e emergência ou pronto-socorro; adesão ao Programa Nacional de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (Pmaq); centros de atenção psicossocial e pelo menos três programas de residência médica nas especialidades prioritárias (como medicina geral de família e comunidade), que podem ser abertos no primeiro ano de funcionamento do curso de medicina.
Marcondes Maciel/Repórter Parintins