Pressão de donos em barcos força empresa pagar transporte escolar

Pressão de donos em barcos força empresa pagar transporte escolar Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 17/11/2015

A pressão dos transportadores escolar forçou os proprietários da empresa responsável pela condução dos alunos na zona rural a firmar um acordo e depositar o pagamento referente aos meses de setembro e outubro que estavam em atraso, além de garantir que o contrato de prestação de serviço seja assinado entre a Cooperativa do Transporte Escolar e a empresa ganhadora da licitação M.R. da Silva Vieitas Eirele, o que era inexistente.

 

O encontro com os proprietários de embarcações, vereadores e a representante da M.R. da Silva Vieitas Eirele, Jordana Moraes, aconteceu na manhã de terça-feira, 17, na Câmara Municipal de Parintins. Os vereadores lamentaram a ausência dos proprietários da empresa, que nunca estão presentes para prestar esclarecimentos e da própria secretária de Educação Eliane Melo.

De acordo com o presidente Cooperativa do Transporte Escolar, Adeilson Pereira, o pagamento de outubro foi depositado na conta da cooperativa na manhã desta terça-feira no valor de R$ 397.458,70. No dia 9 de setembro foi depositado R$ 442,249,20, mas os cooperados não aceitaram receber somente uma parcela, uma vez que havia dois meses em atraso. “Agora o que queremos é nosso contrato realmente com a empresa prestadora do serviço”, disse o presidente.

 

Adeilson Pereira confirmou que a empresa tem até segunda-feira, 23, para formalizar o contrato que deverá ser assinado entre as partes interessadas. “Isso é para que tenhamos uma garantia de que vai chagar no final do ano e vamos ser ressarcido pelo nosso trabalho”, assegurou.

 

Para a representante da M.R. da Silva Vieitas Eirele, Jordana Moraes, os diretores da empresa vão receber a diretoria da cooperativa nesta quarta-feira, 18, para os acertos finais. “Até amanhã eles vão até a empresa para acertar o que eles estão reivindicando, que é o contrato. Então vai ser repassado para os meus superiores essa situação para ser visto o contrato, e assim acabar com esse questionamento”, afirmou.

 

O vereador Juliano Petro Velho (PDT) lamentou a ausência no encontro de um representante da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e da empresa M.R. da Silva Vieitas Eirele, que nunca participam dos debates sobre o transporte escolar. “Infelizmente veio a secretária da empresa e nós queríamos ouvir os donos. Ainda não tivermos uma resposta para a questão do diesel, uma vez os proprietários de embarcações estão pagando para buscar o diesel no posto do Chiquinho, na rua Paraíba, para levar até o porto, na embarcação”, disse.

 

O vereador Mateus Assayag (PSDB) comenta que está esperando que empresa cumpra com os acordos firmados. “Se a empresa não cumprir as últimas pendências aí o transporte, infelizmente, vai parar novamente”, frisou.

 

A cooperativa trabalha de forma terceirizada para a empresa que ganhou a licitação, e não tem sequer um documento que firme a relação de trabalho.

 

Assayag também vai cobrar uma explicação para o fornecimento de diesel. Ele informou que solicitou esclarecimento sobre o combustível que foi utilizado no primeiro semestre e que foi fornecido para os transportadores através de uma requisição da Prefeitura, e quando a empresa assumiu o contrato simplesmente foi descontado da cooperativa. “Em torno de R$ 600 mil foram gastos nesse período e eu quero saber para onde está indo esse dinheiro, porque o correto seria voltar para a prefeitura”, pontuou.

 

Marcondes Maciel/Repórter Parintins

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