Notícia do dia 02/11/2015
O paradoxo na saúde do Brasil é visível e inquietante. Em pleno mês do "Outubro Rosa", de estímulo ao exame de prevenção do Câncer de Colo do Útero, o Governo Federal não autorizou o aumento no número de mamografias, impossibilitanto, assim, que fosse realizados mais exames preventivos.
Trazendo para a realidade parintinense - e guardadas as devidas proporções -, Parintins faz o mesmo com sua população. Ao limitar o número de atendimentos via convênio com a única clínica especializada em Raio-X da cidade, Parintins diz a seus moradores que eles não podem mais ter problemas de saúde, admitindo que tornou-se inoperante diante da demanda crescente.
Coincidências a parte, a limitação dos atendimentos acontece quase simultaneamente à transferência de responsabilidade governamental do Hospital Jofre Cohen.
Seria cômico se não fosse trágico e seria muita ficção se não fosse tão real. Assim como Odorico Paraguassu contratou Zeca Diabo para que alguém inaugurasse o cemitério da cidade e, no fim das contas, foi o próprio Odorico o primeiro a morrer, assim está sendo em Parintins. E no sentido literal do ponto de vista social e político. Mas ao contrário do Odorico da ficção, o Odorico parintinense não nem um pouco Bem-Amado.
Parintins está a beira do caos, e isso complica ainda mais quando se tira a responsabilidade do Governo do Estado e repassa para a administração municipal. O que vai melhorar na área de saúde daqui pra frente?
