Ibama e Bombeiros investigam queimadas ilegais

Investigação aponta incêndio criminoso na lixeira pública

Ibama e Bombeiros investigam queimadas ilegais Fotos: Marcondes Maciel/Igor de Souza Notícia do dia 29/10/2015

A fumaça que paira em Parintins pode ter como origem fogo de um incêndio criminoso. Desmatamentos e queimadas ilegais descontroladas ergueram, esta semana, uma nuvem de cinzas que gerou problemas à comunidade parintinense. Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e Corpo de Bombeiros realizam trabalhos na tentativa de identificar os atos irregulares de queimadas e, principalmente, os autores da ação delituosa.

 

Suspeitas de queimadas não autorizadas para áreas de agricultura e pecuárias ao redor da cidade são investigadas pelo Ibama. Segundo o fiscal ambiental, Joel Araújo, a responsabilidade do Ibama e de fiscalizar os crimes contra a flora. O ato ilegal pode gerar multa de até R$ 7 mil por hectare, se for desmatado e queimado. “O Ibama vai fiscalizar o desmatamento, as queimadas e também a queima de pastos. É uma atividade que precisa de autorização do órgão estadual do meio ambiente”, afirma.

 

Segundo Joel, a queima de pastos na região, historicamente, foi feita sem critérios. “Queima-se aleatoriamente, sem ter controle do fogo, se espalha de uma propriedade para outra, gerando uma série de problemas e o pior é a fumaça”, comentou.

 

A falta de controle nas queimadas também é destacada pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Parintins, Tenente Francisco Tananta. Ele classifica como queimadas urbanas não controladas, onde as pessoas ateiam fogo em determinados terrenos para fazer limpeza, só que acaba que o fogo vai se alastrando e pegando em outros terrenos.

 

Incêndio criminoso na lixeira

Tananta garante que a queimada na lixeira pública de Parintins foi uma ação criminosa. A ação gerou grande parte da fumaça que encobriu a cidade. “Foi incêndio criminoso. Eu fiz várias diligências e colhi vários materiais e algumas informações. Então, cheguei a essa conclusão que realmente foi incêndio criminoso. Alguém ateou fogo lá e continua fazendo isso”, revela. Para o militar, pode ter havido falha de vigilância do local.

 

Parintins dispõe de uma Brigada de Combate a Incêndio Florestal, recentemente, formada por 51 civis. Há uma nova turma sendo formada para completar a brigada que deve contar com cem voluntários. Para combater as queimadas, o Corpo de Bombeiros conta com um efetivo de 27 pessoas (20 de forma direta), uma viaturas de combate imediato (7 mil litros), uma viatura de apoio (5 mil litros).

 

Uma reunião foi agendada para o dia 4 de novembro no Ibama, às 9h, para definir estratégias de atuação de combate às queimadas. Além de Bombeiros, Secretaria de Meio Ambiente e Ibama serão convidados representantes da Polícia Militar, Defesa Civil, Conselho de Meio Ambiente, Secretaria Municipal e Estadual de Educação e outras entidades.

 

Eldiney Alcântara/Repórter Parintins

 

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