Disputa interna pode dividir quarteto mágico

Disputa interna pode dividir quarteto mágico   Fotos: Igor de Souza Notícia do dia 05/10/2015

Apesar do discurso de união do quarteto mágico, formado pelos vereadores Mateus Assayag (PSDB), Rai Cardoso, o Cabeça (PMDB), Juliano Petro Velho (PDT) e Rildo Maia (PSD) para fazer oposição ao prefeito de Parintins Alexandre da Carbrás (PSD), aos poucos vai tendo o elo enfraquecido.

 

O desgaste é inevitável. Será quase impossível os quatro vereadores continuarem juntos por muito tempo. Para a população, Cabeça lidera o grupo nas investidas na Câmara. Esse tom imperativo pode ser um ponto negativo na caminhada do grupo até as eleições do ano que vem.

 

Cabeça é o articulador da pré-candidatura da irmã Márcia Baranda à prefeita de Parintins e vai trabalhar para ser a candidata do grupo. Messias Cursino (PMDB) e Mateus Assayag também são os preferidos de seus grupos políticos. No entanto, ambos entendem que se continuarem na sombra de Márcia terão seus planos prejudicados.

 

Por sua vez, Mateus trabalha com o mesmo intuito, ser prefeito. O fato é que a união dos quatro está perdendo fôlego, pois tem força motriz própria, individualmente. Mateus está cada vez mais se distanciando de Cabeça. Cabeça nega isso, mas o fato é que vai haver um racha natural.

 

Por outro lado, Petro Velho sabe que sua reeleição depende dele mesmo. E por isso tem mudado o tom dos discursos. Como presidente da Comissão de Educação, nas sessões ordinárias, mirou na secretária Eliane Melo e na semana passada denunciou as irregularidades existentes na pasta. Sua atuação na Câmara tem rendido elogios da população.

 

Cabeça também pegou pesado com a administração Carbrás. Os embates são com o líder do prefeito, Carlos Augusto (PSD), que foram parar na Delegacia de Polícia.

 

Mateus também saiu do discurso feijão com arroz. Com as denúncias sobre o descaso na saúde, demissões em massa feitas por Carbrás e levadas para a Câmara sobre os reais motivos. De acordo com o parlamentar a determinação para as demissões não partiu do Ministério Público, da Justiça do Trabalho nem do Tribunal de Contas do Estado.

 

Quando o grupo foi formado, no começo do ano, a ideia era se tornar uma via de diálogo junto as esferas municipal, estadual e federal. Em suas andanças em Brasília, os quatro conseguiram projetos importantes junto a bancada do Amazonas, entre eles a construção da Fazenda Universitária para o curso de Zootecnia, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez).Também foi por meio dos vereadores parintinenses que o Governo Federal conseguiu liberar mais cedo a verba para o festival folclórico deste ano, além dos recursos para o hospital padre Colombo. Os recursos estavam retidos em Brasília. Outra ação foi assegurar a construção do muro de contenção da cidade. Inclusive o senador Omar Aziz (PSD) sinalizou positivamente para a liberação de uma verba no valor de R$ 40 milhões para Parintins.

 

Neudson Corrêa/Repórter Parintins

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