Foto: Igor de Souza
Notícia do dia 19/09/2015
Levando em consideração o que a mídia nacional está noticiando neste sábado, de que uma eventual renúncia da presidente Dilma Rousseff já é admitida até por dirigentes do PT, um novo cenário regional se desenha com isso no Amazonas, tornando o senador licenciado Eduardo Braga um líder político superpoderoso aqui.
Já prestigiado na gestão petista ao assumir a liderança do Governo no Senado até o ano passado, ficar com um dos mais cobiçados ministérios da Esplanada, o de Minas e Energia, e, por fim, fazer parte do núcleo político de Dilma, Braga, agora, num eventual Governo Michel Temer (PMDB) passaria a ser a principal referência do poder central na região.
De acordo com o jornalista Neuton Corrêa, essa configuração é um fato novo para os projetos de poder do grupo político que reúne o governador José Melo (Pros), o prefeito Arthur Neto (PSDB) e o senador Omar Aziz (PSD).
Pra começar, Braga pertence ao partido de Michel; tem afinidade com ele, tanto que durante o período em que o vice-presidente assumiu a coordenação política do Governo, Braga teve importante papel. Era escalado principalmente para negociar acordos no Congresso. Mais que isso: esta semana, ele viajou com o vice-presidente Michel Temer para a Rússia e a Polônia, num momento crucial para a presidente Dilma.
Na Fanpage Blog do Neuton Correa, essa viagem suscitou rumor em Brasília de que o deslocamento foi suficiente para o Planalto entender o distanciamento dele da presidente e, por outro lado, mostrar sua aproximação e afinidade com Michel Temer, que herdaria o Governo, caso Dilma fracasse com seu pacote fiscal no Congresso.
O que dizem os jornais
O cenário de renúncia de Dilma aparece em três publicações de circulação nacional. Primeiro, na manchete da Folha de S. Paulo. O jornal diz que Michel está sendo provocado pelo PSDB a liderar o impeachment de Dilma. A manchete é “Tucanos instam PMDB a liderar o impeachment”.
O jornal também diz que Michel Temer recebeu o recado direto dos tucanos Aécio Neves, José Serra e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O jornal O Globo mostra o impeachment de outra forma, revelando a preocupação do ex-presidente Lula em evitar um possível processo de afastamento da petista na Câmara dos Deputados e, por isso, escreve de manchete: “Lula pede a Cunha que ajude o governo”.
Essa ajuda implica num pedido do ex-presidente para que o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB), não leve Dilma à degola arquivando pedido de abertura de impeachment.
O jornal Valor Econômico trata do eventual fracasso do Governo Dilma com uma matéria que traz o seguinte título: “Para quase dois terços da população, Dilma não termina o mandato”.
O dado, segundo o Valor, foi obtido em uma sondagem feita pelo Instituto Ideia Inteligência, numa pesquisa em que 20 mil pessoas foram ouvidas por telefone em 143 cidades brasileiras.
De acordo com essa sondagem, 60% dizem que ela vai renunciar e 30% consideram que ela será afastada num processo de impeachment.
Por Neuton Corrêa
