Foto: Divulgação
Notícia do dia 18/09/2015
A Fanpage do jornalista Neuton Corrêa publicou hoje pela manhã matéria sobre a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de ontem, que proíbe por 8 votos a 3 doações de empresas a campanhas eleitorais. A decisão atinge duramente, no Amazonas, o deputado federal Arthur Bisneto (PSDB), filho do prefeito de Manaus, Arthur Neto.
O golpe é levado em conta se considerado o dinheiro que ele recebeu para financiar sua campanha política, em 2014, com o qual conseguiu se eleger o mais votado do pleito, com 15,13% dos votos. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Bisneto recebeu R$ 5,6 milhões, dos quais R$ 4,9 milhões foram doações empresariais, que representam 86,1% dos recursos de sua campanha.
Entre os doadores estão empresas investigadas pela Lava Jato, como a Construtora OAS, que teve R$ 282,49 milhões bloqueados pela Justiça por suposto envolvimento no esquema de propina da Petrobras. Da OAS, a campanha do deputado federal Arthur Bisneto arrecadou R$ 250 mil e obteve também meio milhão de reais da Andrade Gutierrez, outra investigada da Lava Jato.
Para se ter ideia do valor da eleição de Bisneto, sua campanha foi R$ 1,2 milhão mais cara do que a do senador Omar Aziz (PSD), que recebeu R$ 4,4 milhões em doações diversas; aproximadamente o dobro da receita do deputado federal Alfredo Nascimento (PR); e quase oito vezes mais do que declarou o deputado federal Átila Lins (PSD), último colocado de sua coligação e que informou ao TSE receita de R$ 707.561,50.
A prestação de contas de Bisneto traz 291 doações feitas pela rede de supermercados DB, que totalizam R$ 818.365,64, de bancos privados, outras construtoras e empresas.
Veja nas tabelas o ranking de receita da bancada federal eleita em 2014 e a lista de doadores empresariais da campanha de Bisneto.
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