Foto: Igor de Souza
Notícia do dia 14/09/2015
“A economia gira em torno do funcionalismo público e nós, consequentemente, somos dependentes disso”, esta frase dita pela presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Parintins (CDL), Patrícia Brelaz, aponta para a queda no faturamento do comércio em decorrência das demissões ocorridas na Prefeitura Municipal de Parintins.
Esta semana as lojas registraram menor movimento e, consequentemente, a economia sentiu os efeitos da baixa circulação de moeda no município. A instabilidade preocupa comerciantes e a população que se veem obrigados a conviver com uma palavra muito comentada nos últimos dias: a demissão.
Segundo Patrícia, o efeito da demissão no serviço público atinge as empresas privadas. Ela informa que com a falta de circulação de capital, os lojistas se veem obrigados a tomar medidas extremas. “As nossas medidas pra sobreviver acabam sendo também muito drásticas. A gente tem que diminuir quadro. A gente tem que diminuir horário de funcionamento”.
Não há números que revelam o quantitativo de demissões no setor privado, mas Brelaz informa dados extras oficiais que indicam que um associado da CDL teve que demitir oito pessoas, outro lojista demitiu 15 pessoas e um comerciante menor tirou de seu quadro dois funcionários. Os dados parecem pequenos, mas num comércio como de Parintins essas demissões afetam diretamente 25 famílias. Também não existe oficialmente registro do fechamento de nenhuma loja motivado pela crise econômica.
Um comerciante da rua João Melo, centro comercial de Parintins, que preferiu não se identificar, confirma que o movimento de pessoas diminuiu nos últimos dias. Um faturamento diário que era de R$ 7 mil passou para R$ 3 mil, uma queda que limita o comércio local. Ele afirma que é preciso criar meios para as lojas sobreviverem. “O que o comércio está fazendo é um movimento de sobrevivência, fazendo promoção, enxugando quadro”, revela.
No dia 1º de outubro a CDL vai reunir os 127 sócios da entidade para discutir meios de melhorar o setor lojista da cidade e encontrar mecanismos que possam elevar as vendas. A CDL esteve inativa por quatro anos e a nova diretoria completa esta semana um mês de atividade.
Eldiney Alcântara/Repórter Parintins
