O prefeito de Parintins Alexandre da Carbrás (PSD) demonstra que não está preparado para governar o município, pois desconhece o funcionamento da máquina administrativa. Na Câmara de Vereadores, segunda-feira, 31, Carbrás anunciou a demissão de servidores da prefeitura. Ele ainda chegou a chorar e atribuir o inchaço na folha de pagamento aos ex-gestores.
Alexandre não confirmou o número das demissões, mas estima-se algo em torno de 1.500 pais de famílias mandados para casa. Esse é o total de funcionários contratados e comissionados só na sua gestão.
No entanto, no portal da Transparência (http://transparencia-parintins.org/) todos os prefeitos que governaram Parintins até 2012 realizam concursos públicos, até então o prefeito atual não teria publicado nenhum edital para efetivação de funcionários, e ainda diz que os temporários que estavam na prefeitura eram herança do mandato de ex-prefeito Bi Garcia (PSDB).
O Portal da Transparência, que apesar da falta de clareza, mostra o quantitativo de servidores da prefeitura mês a mês, sem a relação nominal dos servidores, diferente de outras prefeituras que informam o fluxograma na íntegra.
O site mostrar que no mês de janeiro de 2013, assim que Carbrás assumiu a prefeitura fez demissões em massa, porém, os números não são informados corretamente. A folha de pagamento ficou em 3.652 servidores. No mês de maio de 2013 Carbrás já havia contratado 1.643 funcionários, aumentando a folha para 5.295, ou seja, 45%, quase dobrando o contingente de pessoas na prefeitura.
Essa instabilidade permaneceu até dezembro onde o prefeito tinha em seu quadro 4.838, considerando que as demissões continuavam e em cada secretaria tinha um servidor destacado para caçar aqueles que não concordavam com suas ideias, tanto que em janeiro de 2014, novamente a prefeitura do PSD, em Parintins, contava com apenas 3.590 servidores, ou seja, 25,8% ou 1.248 pessoas a menos.
Mas não se tratava de enxugamento da máquina por causa da crise econômica, era caça as bruxas que continuava e se repetiu durante todo o mandato, em outubro de 2014, usando a administração municipal como palanque para seus candidatos a deputado estadual David Almeida (PSD), Cabo Maciel (PR), Sabá Reis (PR), tentando evitar a vitória de Bi Garcia (PSDB), chegava a 5.140 contratados e pela primeira vez na história o valor mensal de custo com o funcionalismo atinge mais de R$ 5 milhões.
Em janeiro de 2015, as perseguições continuaram e a folha baixa para 3.998, mas logo volta a inchar, em abril de 2015 atinge 5.086 servidores, ou seja, 27,2% ou 1.088 contratações a mais.
Documentos em anexo:
Da Redação Repórter Parintins