CRISE

CRISE Foto: Arquivo Pessoal Notícia do dia 20/08/2015

Crise, palavra que define uma situação em que o resultado é insatisfatório com o desenvolvimento de um processo de gestão. Processo este, que contempla os princípios de planejamento, organização, direção e controle. Vive-se hoje no Brasil, nos três níveis de governo, uma grave crise ética, política e econômica. Sendo as duas últimas resultado da primeira. A administração pública no Brasil é reconhecidamente ineficiente e perdulária. Nenhuma crise surge do nada ou aparece da noite para o dia, o ovo da serpente é gestado exatamente no princípio de tudo que é o planejamento, principalmente quando este é elaborado por servidores destituídos de princípios éticos.

 

Todo administrador, seja no serviço público ou na iniciativa privada deve ser competente para enfrentar situações adversas, problemas ou crises. A diferença está em que, enquanto no setor privado administradores incompetentes ou que usam de má fé na gestão são imediatamente demitidos, no setor público os administradores ao se depararem com situações adversas invocam imediatamente a população para realizar sacrifícios que salvem a nação, o estado o município, como se não fossem os mesmos os responsáveis pelo desastre e ainda posarem de vítimas.

 

A crise, na administração pública brasileira apresenta duas faces. Em uma a população que sofre as consequências da mesma com a fome, a miséria, a falta de escolas e hospitais decentes e humanos, serviços de transporte e segurança de última classe. Na outra, a máquina pública, envolvendo os três poderes que constituem a república federativa, que continuam seu cotidiano como se nada de mais estivesse acontecendo de grave. A população deve, portanto, ser mais presente e vigilante.

 

Alguns municípios Brasil afora, para dar exemplo de estado em crise, estão adotando a redução dos salários dos seus vereadores, talvez por entenderem que o serviço de legislar constitui-se antes de tudo em um serviço, uma missão prestada à coletividade por homens e mulheres altruístas que exercendo já na vida pessoal as mais diversas atividades como de profissionais liberais, funcionários públicos, executivos, empresários abrem mão de salários que constituem um peso considerável nas despesas municipais. Reflitam sobre a questão nobres vereadores e prefeito locais, as crianças sem creches agradeceriam tamanho gesto de grandeza.

 

Autor: Professor MSc. Alberto Ferreira, Curso de Administração da UFAM/ICSEZ; membro da Pastoral Universitária Diocesana; e-mail: [email protected]

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