A precariedade da infraestrutura do bairro Djard Vieira revolta os moradores que apontam três problemáticas. As críticas dos que residem naquela área da cidade apontam a falta de iluminação elétrica, lixo e ruas esburacadas como os principais pontos negativos. Esta semana o REPÓRTER PARINTINS percorreu as vias para registrar a realidade e colher depoimentos.
O bairro possui 14 ruas e é conhecido por está ao lado da lixeira pública, porém essa proximidade não garante uma coleta de resíduos sólidas adequada. A grande maioria das ruas contém lixo, principalmente, com entulhos oriundos, normalmente, do fundo do quintal. Galhos de árvores, troncos, mato e até pequenos móveis podem ser encontrados.
O autônomo Júlio Cesar Simas, 29, morador da rua Caburi, informa que esses três problemas se estendem por todo o bairro. “Tem pontos que é mais lixo, tem ponto que é mais buracos e tem pontos que é escuro mesmo”.
Ele destaca duas situações, a primeira é sobre a iluminação. “Quando dá 19h os moradores se trancam em casa, pois a escuridão fica propício à violência. Outro ponto diz respeito à irregularidade da coleta do lixo, causa para o lixo nas ruas. “As vezes passa às 13h, às vezes passa às 15h. Fica complicado adivinhar. A gente bota o lixo pra fora, passa o primeiro cara coletando, arrumando, aí larga, o bicho vem e mexe, e uma hora depois passa o carro”, informa.
O bairro também está localizado ao lado da usina de asfalto, no entanto, grande parte das vias está comprometida por buracos. O vigilante Kilson de Almeida, 37, mora na rua Marajó com os pais. O trecho apresenta rachaduras, mato e buracos que acumulam lama. “Aqui é só o mato e a parte da lama que causa um pouco de incômodo com o mau cheiro”, aponta.
A precariedade do bairro não é somente causada por descaso do poder público. É o que pensa o morador da rua Paraíso, Frank Naldo Nunes, 40. Ele acredita que a população também colabora com os problemas da cidade. Ele afirma que já presenciou acidentes de trânsito provocados por entulho jogado de forma irresponsável nas vias. “O principal é a questão do lixo nas ruas, mas eu sempre digo que a briga maior é com o ser humano. A gente passa por aqui e encontra muito entulho de casa que os próprios moradores jogam na rua”, critica.
A reportagem procurou a secretária de Obras, Grace Garzon, mas ela não foi encontrada no seu local de trabalho. Foram feitas ligações telefônicas para o secretário de Meio Ambiente e Limpeza Pública, Suammy Patrocínio, mas ele não atendeu, assim como para o coordenador do setor de iluminação pública, Carlos Sakamoto.
Eldiney Alcântara/ Repórter Parintins