Sabá Reis mostra desconhecimento ao falar sobre porto de Parintins na Aleam

Sabá Reis mostra desconhecimento ao falar sobre porto de Parintins na Aleam Foto: Divulgação Notícia do dia 24/03/2015

Quatro anos depois da reinauguração e promessa de solucionar o erro de engenharia quanto ao posicionamento das treliças da ponte do Terminal Hidroviário de Parintins, o parintinense Sabá Reis voltou a colocar o assunto em pauta. Ele era superintendente da Administração das Hidrovias da Amazônia Ocidental (Ahimoc) até ser eleito deputado estadual pelo Partido da República (PR).

 

Em sessão na Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam) semana passada, Sabá Reis teve requerimento aprovado pelos colegas de parlamento que solicita ao ministro dos transportes, Antônio Carlos Rodrigues, a realização de obras de elevação da ponte do porto de Parintins, como forma de evitar a retenção de material orgânico (troncos e galhadas).

 

Segundo Sabá Reis, se a medida for adotada pelo Ministério dos Transportes vai possibilitar a atracação de navios transatlânticos e outras embarcações de grande porte no Terminal Hidroviário que, consequentemente, viabilizará o aquecimento da economia na Ilha. De acordo com a Marinha do Brasil, por questão de segurança, o porto pode receber no máximo 2.500 toneladas e foi feito somente para atracação de embarcações regionais.

 

Em junho de 2011, pouco depois da reinauguração, Sabá Reis procurou as rádios da cidade para tentar desmentir os jornais que publicaram os erros de engenharia da obra de reforma. O porto recém-reinaugurado já apresentava erros de engenharia em relação ao posicionamento das treliças da ponte de acesso à balsa de atracação dos barcos.

 

Adequações

Inaugurado pelo Ministério dos Transportes em abril de 2006, com falhas de engenharia, o Terminal Hidroviário de Parintins ocupa uma área de 7,5 mil metros quadrados. O prédio administrativo foi alagado na enchente histórica de 2009 e passou por reforma para elevação do piso em quase 1 metro e aumento da passarela até a balsa de atracação dos barcos.

 

Na ocasião da reinauguração, a menos de duas semanas do festival folclórico, o comandante do 9º Distrito Naval da Amazônia Ocidental, vice-almirante Antônio Carlos Frade, fez inspeção na obra antes da operacionalização para verificar a segurança e constatou a falha de engenharia na colocação das treliças que necessitaria ser posicionada para a parte superior.

 

A Marinha do Brasil manifestava preocupação com a quantidade de lixo orgânico e que seria feito reparo nas treliças montadas erradamente. No entanto, não houve licitação ao longo desses quatro anos para contratação de empresa para o serviço. Em 2014, a Capitania dos Portos de Parintins interditou o porto porque o elo de uma corrente da poita de sustentação da ponte cedeu diante da pressão de material orgânico.

 

Em 2012, a corrente de uma boia de apoio à atracação de embarcações se desprendeu do fundo do rio e desceu o Amazonas. As obras de adequação foram orçadas em R$ 3,8 milhões, financiadas com recursos do governo federal por meio do Ministério da Defesa, Exército Brasileiro, Departamento de Engenharia e Construção 2º Grupamento de Engenharia.

 

As adequações contemplaram aumento da passarela em mais 45 metros do tamanho original, terminal de passageiros, elevação do piso do prédio administrativo em 90 centímetros, terminal de carga com piso de 1 metro e 70 centímetros, novas poitas com 72 toneladas substituem as anteriores que pesavam 42 toneladas e novas bóias.

 

Da Redação/Repórter Parintins

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