Embora no ano passado a ADAF tenha registrado um pequeno foco de brucelose em 10 animais bovinos em uma propriedade suburbana de Parintins, esse ano, segundo a médica veterinária Natacha Barreto, nenhum registro da doença foi identificado no rebanho bovino parintinense.
Natacha informou que quando há identificação positiva da doença em algum animal bovino é adotado um procedimento padrão para que o proprietário do gado possa abater o animal para combater a brucelose. “O animal é abatido sem aproveitar nada, bem como a carne não pode ser comercializada para não colocar a população em risco”, alerta.
Ela explica que a brucelose é uma doença infecciosa causada por diferentes gêneros da bactéria brucella. É transmitida ao ser humano pelo contato direto com os animais infectados ou pelo consumo de leite cru e seus derivados (queijos). “As bactérias são ingeridas, em seguida invadem a mucosa intestinal ou proliferadas para outros órgãos levando a pessoa à morte. A brucelose fica incubada de uma semana a um mês até se manifestar com febre, suores, calafrios, dores de cabeça e musculares, entre outros sintomas” explicou.
A médica veterinária e fiscal agropecuária orienta os consumidores a ficarem atentos ao tomar leite cru ou consumir o queijo coalho, cujos produtos não passam pelo processo térmico (fervura). “Sempre ferver o leite e ficar de olho na origem do queijo coalho. Os pecuaristas precisam vacinar as bezerras bovinas ou búfalas de 3 a 8 meses para prevenir contra a infecção pela bactéria brucella”, orientou.
A ADAF alerta também a população para que tenha sempre cuidado em comprar carne de gado em ambientes que levantem qualquer suspeita que o produto foi abatido de forma clandestina. “Embora o órgão esteja sempre em alerta para combater o crime contra a saúde pública, algumas pessoas ainda tentam introduzir no mercado consumidor o produto sem a higiene necessária durante o abate dos bovinos”, disse Natacha.
Fernando Cardoso
Especial Para Repórter Parintins
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