Apagão provoca queima de equipamentos na Ufam e incêndio em residência

Notícia do dia 25/08/2014 A coordenadora acadêmica do Instituto de Ciências Sociais, Educação e Zootecnia (Icsez), da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Campus Ufam em Parintins, Sandra Damasceno, se mostra indignada com o racionamento de energia imposto pela Eletrobrás Amazonas Energia. De acordo com a professora, por meio da página no Facebook, os constantes ‘apagões’ deixam rastros de prejuízos na instituição de ensino superior.

Sandra Damasceno disse que o racionamento provocou a queima de 50 nobreaks. Os prejuízos podem chegar a mais de R$ 20 mil, além das dificuldades enfrentadas pelos alunos nos laboratórios de pesquisa. “Fora os prejuízos para a vida acadêmica dos alunos que ficam sem laboratório de informática por um bom tempo. E, aí, quem vai pagar a conta, Amazonas Energia? Mais uma vez somos nós contribuintes”, comenta indignada.

O campus da Ufam só não sofre mais com os racionamentos porque possui grupos geradores para casos de emergência, porém é inevitável queima de equipamentos eletrônicos quando há desligamento de surpresa. Também na rede social Facebook, Aldenor Jasc, engrossa o grupo de pessoas indignadas com a concessionária de energia em Parintins e questiona o papel do Ministério Público Estadual.

 
A coordenadora acadêmica do Icsez endossa apoio aos internautas e ressalta a existência de denúncias no Ministério Público Estadual. Sandra Damasceno destaca a inoperância de outra empresa campeã em denúncias em Parintins, a Vivo. “Temos que ver como está sendo o trâmite. Alguém tem que estabelecer um limite para essas duas empresas mercenárias que estão acabando com nossa paciência: a Vivo e a Amazonas Energia”, desabafa.

A internauta Antônia Almeida comentou que as ações impetradas no Ministério Público Estadual surtem efeito e as pessoas são ressarcidas dos prejuízos pela má prestação de serviços. “Eles pagam sim. Conheço um caso concreto de ressarcimento. Foi demorado, levou muitos anos, passou por várias instâncias, mas no fim, o dano fora reparado, por força judicial”, expressa.

Incêndio
Na noite de quarta-feira, 20, o racionamento de energia elétrica pode ter provocado o curto circuito e o resultado um provável incêndio em uma residência localizada na rua 6, bairro Paulo Corrêa. A doméstica Tâmia Alfaia informou que houve o desligamento da energia no alimentador da área por volta das 19h40 e só voltou 21h.

Ela revelou que o fogo começou pelo cochão e depois atingiu o PVC da casa. As chamas foram apagadas com a ajuda de vizinhos. Homens da 3ª Companhia Independente de Corpo de Bombeiro Militar (CIBM) estiveram no local. “Se não desse tempo de apagar, ia pegar fogo em toda a casa”, relatou. O sargento Cardoso, do Corpo de Bombeiros, enfatiza que fogo teria ocorrido porque a casa está em reforma e as tomadas não estavam instaladas de forma correta, o que contribuiu para o sinistro.


Concessionária
A gerente da Eletrobrás Amazonas Energia, Francilvane Rodrigues, justifica que os racionamentos seriam ocasionados pela linha com cerol usada na brincadeira de papagaio de papel e por aves que pernoitam nos fios de alta em frente ao parque energético. O operador chefe da concessionária, Jair Butel, declarou que, dos 32 grupos geradores responsáveis pela geração de energia, 11 estão parados.
O funcionário alegou que os 21 grupos são insuficientes para a geração de energia. “Os grupos geradores sofreram pane por causa do papagaio de papel e as aves que ficam em frente ao parque energético”, indica Jair Butel, e acrescenta que a demanda de geração é de 17 megas, mas o forte calor também contribui para a perda de potência dos motores do parque energético.

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