Pelo convênio firmado entre Prefeitura de Parintins e Caixa Econômica Federal (CEF), seriam construídas 262 moradias, no valor de R$ 5,2 milhões, com 131 na modalidade de substituição e 131 destinadas para conjunto, mas só conseguiu construir aproximadamente 80 habitações. As casas, em alvenaria, teriam dois quartos, banheiro, sala e cozinha conjugados, área de serviço e pátio. No sistema de substituição foram entregues cerca de 30 residências edificadas em vários bairros da cidade.
Licitação
A empresa vencedora da licitação foi a Toyla Construções Ltda., de propriedade do empresário Frank Nelson. Ele também é responsável pelas construções de outras obras no decorrer dos oito anos do Governo Bi Garcia. Algumas nem chegou a concluir como a quadra poliesportiva da escola municipal Tsukasa Uyetusuka em Vila Amazônia, João Lauro no Zé Açu e Luz do Saber no Itaúna II.
Três anos depois, a realidade do futuro conjunto habitacional é uma situação de total abandono. As casas inacabadas estão no meio do mato e algumas peças de madeira, como aduelas e tacos para sustentar as portas e janelas, foram arrancados por vândalos. No início do ano passado as casas do Programa Minha Casa Minha Vida, no bairro Pascoal Alaggio, foram invadidas por várias famílias, inclusive os terrenos nas imediações. Mais de 200 lotes de terras foram ocupados pelos invasores. A ação só foi contida com a presença de uma força tarefa vinda de Manaus.
A construção das residências para famílias de baixa renda era a principal proposta do programa de governo do ex-prefeito Bi Garcia. Ainda nas eleições de 2004, o tucano prometeu construir duas mil casas populares no primeiro ano de governo. Porém, só concretizou o compromisso assumido em campanha, dois anos antes de deixar o segundo mandato, em dezembro de 2012. Atualmente, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o município de Parintins tem um déficit de aproximadamente 13 mil moradias, entre zona urbana e rural.
Neudson Corrêa
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