Fábrica de cimento prejudica moradores do Dejard Vieira

Notícia do dia 11/08/2014 Uma fábrica de argamassa, instalada há cerca de um ano na Rua Caburi, número 860, no bairro Djard Vieira, passou a chamar a atenção dos moradores das proximidades. Diariamente, o cheiro insuportável do produto químico utilizado na fabricação de cimento, acompanhado de fumaça, atinge as residências vizinhas. Como o armazém fica o tempo todo fechado, é impossível de ver a movimentação dos trabalhos na preparação do produto, porém, o cheiro parece com o que é liberado na atmosfera pela usina de asfalto.
O odor proveniente da fábrica de argamassa é de enxofre e prejudica a saúde pública dos moradores.  “A princípio, pensávamos que a fumaça era proveniente da queima de galhos, folhas e produtos diversos acumulados no fundo do quintal”, disse um dos moradores, que não quer ter nome revelado, mas ressalta ter entrado em contato com o proprietário e este ficou de resolver o problema. Procurado para falar sobre o assunto, o proprietário não foi encontrado na fábrica de cimento.

No telefone, número 3533-64XX ninguém atendeu. A argamassa é classificada como produto químico, possui cimento, cal, magnésia, escória, entre outros reagentes. O REPÓRTER PARINTINS contatou o coordenador de Terras, Cadastro e Arrecadação, Ary Marques, para saber se o proprietário de estabelecimento comercial dispõe de Alvará de Funcionamento e se a Prefeitura tomou conhecimento do projeto de instalação do prédio.

Como a empresa utiliza material químico na preparação da argamassa, deveria ter uma licença ambiental para funcionar e não se instalar no perímetro urbano como disposto no documento do Estudo de Impacto Ambiental (EIA), no Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) e no Estudo Prévio de Impactos Ambientais (EPIA). Os documentos técnicos avaliam as consequências ambientais de um determinado projeto.

São identificados e avaliados, de forma imparcial e técnica, os impactos ambientais que um projeto pode causar, e as medidas mitigadoras a serem tomadas. Não há registro de que algum morador tenha apresentado problema de saúde em decorrência dos produtos químicos soltos na natureza, mas de acordo com especialistas em saúde pública, os reflexos aparecem a médio prazo. O secretário de Meio Ambiente, Serviços de Limpeza Pública, Flávio Farias, disse desconhecer o problema e ficou de enviar um fiscal ao local para tomar conhecimento da atividade.   

Neudson Corrêa
[email protected]

Tags: