Empresas aéreas pedem redução no preço do querosene de aviação

Notícia do dia 07/08/2014

As maiores empresas aéreas do país entregaram uma carta ao ministro Moreira Franco, da Secretaria de Aviação Civil, com reivindicações do setor. O principal ponto é a redução no valor do querosene de aviação. De acordo com os empresários, o preço do combustível praticado no Brasil está entre os mais altos do mundo. O documento será encaminhado aos candidatos à Presidência da República.

 

A entrega ocorreu durante o encontro da Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear), reunindo os presidentes das principais companhias de aviação. Participaram Antonoaldo Neves, da Azul; Claudia Sender Ramirez, da TAM; José Efromovich, da Avianca, e Paulo Sérgio Kakinoff, da GOL. Moreira Franco recebeu o documento e disse que o governo já está implementando todos os pontos apresentados. O ministro destacou que o problema no preço do combustível terá que ser enfrentado pelo próximo governo, dependendo do Tesouro e da Petrobras.

 

O presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, disse que o valor mais alto do querosene de aviação no Brasil tira competitividade das empresas nacionais, além de encarecer o preço das passagens.

 

“Um passageiro nos Estados Unidos ou na Europa, quando compra sua passagem, aproximadamente um terço do preço é gasto com o querosene de aviação. Aqui no Brasil, 42% do preço dessa passagem vai direto para o querosene. A Petrobras precifica o combustível, como fazia 20 anos atrás quando ele vinha do Golfo do México. Essa situação mudou. Mais de 90% do querosene é produzido no Brasil e nós continuamos pagando o querosene em dólar, usando a mesma fórmula”.

 

Segundo Sanovicz, as empresas brasileiras só serão competitivas internacionalmente quando tiverem os mesmos custos de operação que têm as concorrentes internacionais. Além disso, ele argumentou que, desde 2002, foi diminuído pela metade o preço das passagens, reduzindo os custos das empresas e transferindo para o preço. Sanovicz diz também que há uma discrepância muito grande no ICMS cobrado nos estados sobre o combustível de aviação. Enquanto No Distrito Federal e no Rio de Janeiro, o valor é 12%. Já em São Paulo, é 25%.

 

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