Na véspera de completar 30 anos de história, com participações em festivais internacionais na Espanha e Suíça, o Grupo Ajuri traduz os ritmos da Amazônia, com destaque o boi-bumbá, em encontro de cultura no Estado do Rio Grande do Norte. Os músicos se apresentam no evento denominado “Na teia da cultura” nesta quarta-feira, 22, em Natal, enquanto integrantes do Instituto Manaós executam a parte da dança.
De acordo com o músico Enéas Dias, a convite do Instituto Manaós, um ponto de cultura de Manaus, o Grupo Ajuri irá fazer a parte musical. “É o segundo maior evento e só não é superior ao Congresso Nacional de Cultura. São mais de 90 grupos folclóricos de todo o Brasil. O Ajuri representa Parintins e a cultura da Amazônia”, explica. Para a apresentação em Natal, cinco músicos viajaram no final de semana para o Rio Grande do Norte.
A atual formação tem músicos como Mário Andrade, Marcos Boi, Enéas Dias, Brene Siqueira, João Afonso, o maestro Cícero Antônio, Rogério Brandão, Cristian Bulcão, entre outros. O grupo foi criado em 1984 por Tony Medeiros e venceu o Festival da Canção de Parintins (Fecap) com a música “Cantiga Tropical”. A partir de 1992, com a entrada de Mário Andrade, o ritmo do boi-bumbá se tornou referência dentro do repertório, com a participação de Dé Monteverde.
Até 1997, se intitulava “Tony Medeiros e Grupo Ajuri”. Depois, houve desvinculação e Mário Andrade passou a comandar o grupo, com shows regionais e nacionais. Para o show em Natal, o repertório definido tem músicas de cordão de pássaros, pastoril, carimbó, cantiga dos marinheiros de Maués, etc. “É uma mesclagem dos ritmos do Norte. Um pouquinho de cada coisa, do Amazonas e Pará”, acrescenta Enéas Dias.
O coordenador, Mário Andrade, disse que o grupo faz aniversário no dia 22 de agosto e representa o Amazonas no encontro de cultura em Natal. “Tocaremos todos os ritmos da Amazônia e o nosso boi-bumbá. É uma semana de evento. Vamos participar nesta quarta-feira. Temos uma história de 30 anos, com participações em vários festivais tradicionais pelo mundo. Trabalhamos uma nova geração com o projeto do Corpo de Bombeiros em Parintins, o Ajurizinho” afirmou.
