No AM, 28 municípios recebem delegados de carreira para suprir carência de profissionais

Notícia do dia 21/05/2014

Vinte e oito municípios do Estado já podem contar, pela primeira vez, com delegados de carreira em reforço à estrutura da Polícia Civil do Amazonas no interior. Os novos delegados fazem parte da turma de 89 servidores aprovados no último concurso realizado pelo Governo e que foram nomeados em abril. Com a nomeação, todos os municípios do Amazonas passarão a dispor desses servidores.

Entre as cidades que recebem delegados de carreira pela primeira vez estão Apuí, Barreirinha, Ipixuna, São Sebastião do Uatumã e Boa Vista do Ramos, esse último distante 271 quilômetros de Manaus e para onde foi, na última semana, o delegado Juan Carlos de Souza Valério. Segundo ele, o primeiro trabalho a ser feito na cidade é o de reconhecimento da população. “Espero que eu possa atender os anseios da comunidade. Quero me aproximar da população, das lideranças, procurar fazer parte da comunidade e entender seus problemas”.

Segundo o governador José Melo, a contratação de novos delegados aprovados em concurso faz parte da nova política de segurança pública do Estado. Conforme dados, o orçamento do Governo Estadual para a segurança pública saltou de R$ 600 milhões em 2010 para mais de R$ 1 bilhão nos anos seguintes.

Inicialmente, 76 delegados dos 89 deverão ser lotados em 48. Os demais serão enviados até o segundo semestre em delegacias do interior. Até a última semana, 28 municípios já contavam com a presença de 48 profissionais.

Durante três meses e meio, os então alunos-delegados participaram de intensas atividades no curso de formação, que segue a matriz curricular nacional. A preparação contou com a aplicação de disciplinas teóricas e práticas com embasamento nas áreas que envolvem o ser humano e conflitos, valorização profissional e saúde do trabalhador, práticas reflexivas da profissão, cultura investigativa, segurança pública e violência.

 

Falta de delegados

De acordo com o Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas (Sinpol), a carência dos trabalhadores prejudicam a abertura de inquéritos policiais e a expedição de documentos. Conforme informações do presidente Moacyr Maia, policiais militares exercem ilegalmente a função jurídica para suprir a falta.

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