CPRM prevê que Rio Negro pode atingir cota de emergência no AM

Notícia do dia 01/04/2014

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) prevê que o Rio Negro pode atingir a cota de emergência de 29 metros no ápice da cheia no mês de junho, em Manaus. O órgão acredita que o nível das águas deve variar entre 28,79 e 29,49 metros. A região do Baixo Amazonas está sendo influenciada pela cheia do Rio Madeira, mas a previsão é que essa elevação histórica do nível das águas não afete o rio que banha a capital amazonense. Em todo o estado, 18 mil famílias são afetadas pelos alagamentos.

O CPRM informou que vai monitorar o comportamento dos rios nos próximos meses para emitir um novo alerta de cheia no dia 30 de abril. A preocupação do órgão é com as cidades de Parintins, Itacoatiara e Urucurituba, no Baixo Amazonas, que sofrem a influência da cheia do Rio Madeira. "Se o Rio Negro ultrapassar os 29 metros, nós já consideramos uma cheia grande, mas a nossa preocupação hoje é concentrar os esforços no Rio Madeira. ", disse o superintendente do CPRM, Marco Antonio Oliveira.


No Amazonas, as chuvas devem continuar até meados do mês de maio, conforme previsão de Ricardo Dallarosa, chefe da Divisão de Meteorologia do Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM). A estação chuvosa é resultado de "forte fluxo de umidade do Oceano Pacífico e da Bolívia que está apresentando excedente de chuva nesse mês de março por conta da Zona de Convergência Intertropical".


Baixo Amazonas

Em Parintins, a preocupação com a cheia já é uma realidade. Após as grandes enchentes de 2009 e 2012, que causou grandes transtornos ao cotidiano da cidade como interdição de ruas, a população parintinense está receosa com a possibilidade de ocorrer algo semelhante em 2014. Para Francisco Assis, morador da Rua Oneldes Martins, no Bairro do Itaguatinga, o grande problema são as doenças que a cheia pode trazer. “A enchente sempre traz muitos problemas pra gente. Pra quem tem filho pequeno, então, é uma confusão porque os meninos saem pra brincar e mete o pé na água e pode até dar aquela doença da urina do rato.” Afirma Assis, referindo-se à Leptospirose.

 

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