O professor Orenildo Brito, 41, filho da vítima, explica que o protesto não tem caráter político e expressa apenas a revolta de uma família que perdeu seu pai em uma irresponsabilidade: “O nosso movimento tem como objetivo chamar atenção dos condutores e principalmente da justiça, para que que não haja outros casos como esse. Além de clamar por justiça contra o assassino do meu pai, que cometeu vários crimes segundo o código penal e está em liberdade. Infelizmente, o processo tá engavetado e uma pessoa que cometeu um homicídio doloso está na rua, enquanto meu pai não está mais entre nós.”explica Orenildo.
Brito ainda explica que o
movimento não vai parar e que a família só se sentirá em paz com a prisão do
acusado, e cobra que as autoridades estejam mais presentes no cotidiano dos
parintinenses: “Assim que nós descobrirmos que ele vai a Júri, vamos fazer uma
nova manifestação. E convidamos as famílias que também foram vítimas desse
trânsito assassino de Parintins a fazer suas reivindicações. Suplicamos ao
poder público que haja mais fiscalização, não apenas aos finais de semana, mas
pelo menos umas três vezes por semana.”
De acordo com a Segunda Vara de Justiça, o processo está em andamento e a Defensoria Pública tem até o próximo dia 31 para apresentar a defesa do acusado, para que depois possa ocorrer audiência de julgamento.
Histórico
Francisco Costa, 75 anos, foi morto ao retornar da padaria, por volta das seis da manhã do último dia 18 de Janeiro, atropelado por uma motocicleta conduzia por Francisco Matias dos Santos Jesus, de 28, que apresentava sinais de embriaguez. A vítima chegou a ser socorrida no Hospital Padre Colombo e passou por procedimentos de emergência, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu vítima de traumatismo craniano e hemorragia cerebral.