Voadeira explode no Andirá e passageiros saem ilesos

Notícia do dia 10/03/2014 Uma voadeira da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) explodiu por volta das 20h de quinta-feira, 06 de março, quando estava sendo preparada para deixar a comunidade do Araticum, localizada na reserva indígena Sateré Mawé, município de Barreirinha, em direção a Parintins.    A embarcação transportava três pacientes, o motorista, um técnico em enfermagem e outra  pessoa até Parintins, quando o acidente aconteceu.

De acordo com uma testemunha, o herói da ação foi o indígena Jeramai de Forte Muniz, 25, atingido pelo fogo na perna, sofrendo queimaduras de 2º e 3º graus. Jeramai ajudou os passageiros a saírem da voadeira e ainda tentou apagar o fogo jogando água, mas foi vencido pelas chamas que tomaram conta do interior da embarcação.

O técnico em enfermagem da Sesai, Pólo Base de Saúde do Araticum, Adairce Neto, disse que tudo aconteceu rapidamente.  “O fogo tomou conta da voadeira, tive que me jogar na água para não morrer carbonizado, graças a Deus ninguém sofreu consequências maiores”, relatou.

Acidente
Jeramai de Forte Muniz relatou que no momento do piloto da voadeira acionar o motor, o mangote do tambor de gasolina soltou, espalhando o combustível. Ele deduz que uma faísca da bateria possa ter ocasionado à explosão. Jeramai disse lembrar que no momento da explosão um dos passageiros foi lançado a cerca de dez metros, enquanto outro deixou a voadeira se atirando na água.

O indígena Jeramai assegurou que a voadeira ficou totalmente danificada e não terá mais utilidade. “Ficou destruída. Parece até papel, rasgou em várias partes”, declarou o indígena. Além das queimaduras na perna esquerda, Jeramai sofreu um forte baque na cabeça. Ele foi encaminhado para o Hospital Jofre Cohen onde recebeu tratamento médico.

O irmão de Jeramai, George Muniz, disse que todos sobreviveram por milagre. Segundo ele, a explosão atingiu todo interior da voadeira que é exclusivamente fechada para a remoção de pacientes indígenas. Os três pacientes que iriam ser transportados a Parintins, resolveram não continuar a viagem porque ainda estavam traumatizados com o acidente marítimo.

Fernando Cardoso
Especial Para Repórter Parintins

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