No último dia 14, o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) flagrou aproximadamente 30 pescadores na área de procriação. A operação teve apoio logístico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Coordenadoria de Defesa Civil. O saldo foi apreensão de cerca de 300 quilos de peixes, seis rabetas, um motor 15HP, arrastões e notificação dos pescadores abordados pela fiscalização.
De acordo com o chefe do Ibama em Parintins, Heliton Ferreira, pela portaria do defeso, o Macuricanã é vetado para pesca comercial. Desde quarta-feira, 15, o Ibama faz procedimentos administrativos contra os envolvidos nas infrações ambientais com multas e abertura de processo penal no Ministério Público Federal. “As pessoas tendem arrastar canoas e motor de popa por terra, às vezes, até mais de um quilômetro”, observa.
A pressão pesqueira avança no Macuricanã, apesar das dificuldades de acesso e proibição por lei até março. “É um ecossistema frágil e sensível. É preciso cuidar melhor dessa região e os órgãos que tem atribuição de fiscalização se atentem mais para o Macuricanã pela importância. O Ceuc não tem pessoas aqui em Parintins. Em função da ausência do órgão gestor, o Ibama faz essa atuação supletiva”, verifica o chefe do Ibama.
Nesse período de início de enchente, os peixes estão concentrados nos lagos. Pelo tipo de utensílio de pesca utilizado pela maioria dos pescadores, qualquer espécie é retirada do complexo e pode provocar desequilíbrio do ecossistema. A fiscalização constatou nas mãos dos pescadores basicamente as espécies pacu, surubim, pescada, bodó e cuiu-cuiú. A APA não possui tantas restrições e permite muitas coisas, porém, de acordo com as normas previstas em lei.
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