Com 6 quilos e 700 gramas, Pedro Aluízio nasceu às 11h55min, no Hospital Padre Colombo, no dia 22 de julho, de uma gravidez de risco, em parto cesariano, e, por causa de dificuldades respiratórias, foi encaminhado na tarde de quinta-feira, 24, para tratamento especializado em Manaus onde recebe assistência médica na Maternidade Balbina Mestrinho. Dois médicos, uma enfermeira e a mãe, Ivanete Reis Freire, de 37 anos de idade, acompanharam na viagem aérea.
Na noite anterior, a criança, considerada pré-matura, apresentou alterações no estado de saúde, com princípio de febre. O nascimento de Pedro Aluízio surpreendeu toda equipe médica do Hospital Padre Colombo pelo peso de 6 quilos e 700 gramas. A criança gigante, classificada na ordem dos bebês macrossômicos, é filha do casal Ivanete Reis Freire, 37 anos, e Wander Luiz Rodrigues Nunes, 44 anos. Fatores genéticos da família e maternos são indicados para o aparecimento do caso.
A mãe conta que só descobriu a gravidez no quinto mês de gestação, durante consulta médica no Posto de Saúde Dom Arcângelo Cerqua, o Bumbódromo, ao receber orientação para fazer teste. ?Eu fazia tratamento de um problema de saúde. O enfermeiro mandou eu fazer o exame de gravidez. Eu nem suspeitava que estaria grávida. Tenho mais três filhos de 17, 14 e 12 anos. As roupas que compramos não serviram?, informou a mãe, ainda no leito do hospital, um dia após o parto.
Apesar do tamanho, o bebê evoluiu com hipoglicemia, de acordo com a pediatra ineonatologista do Hospital Padre Colombo, Neide Pessoa. A médica estima que foram entre 36 e 37 semanas de gravidez. Se chegasse a 38 semanas, a criança poderia ter atingido naturalmente o peso recorde de 7 quilos. A idade gestacional não acompanhou o tamanho do feto. ?Vários fatores influenciam no feto macrossômico. Aguardávamos que a mãe fosse diabética. Nesse quadro, a criança apresenta peso acima de 4 quilos?, explica Neide Pessoa.
Somente além de 4 quilos, os bebês são considerados gigantes ou macrossômicos. ?Esses fetos, encontramos mais em mães portadoras do diabetes, principalmente o gestacional. Para nossa surpresa, a mãe dessa criança não tem essa doença. O ginecologista que operou a paciente elencou uma série de fatores, inclusive hormonais. Desconhecemos a parte nutricional dessa paciente no período de gravidez. Ele não é um bebê de 38 semanas nem pós-termo?, afirma a pediatra.
Segundo Neide Pessoa, a criança saía da prematuridade para o período de termo quando houve o parto cesariano. ?Ele permaneceu internado aqui no hospital em tratamento clínico, devido a desconforto respiratório, antes de ir para Manaus. O bebê tem necessidade de oxigênio terapia. Ele enfrenta todos os riscos de um bebê de um quilo e meio. Essa criança havia começado a maturidade fetal. A mãe evoluiu com hipertensão grave. Se a gestação chegasse a 38 semanas, haveria riscos, tanto para a mãe, quanto ao bebê?, conclui.
Gerlean
Brasil para o Repórter Parintins