Justiça assegura pagamento de trabalhadores do Boi Garantido

Notícia do dia 10/07/2014

Dezenas de trabalhadores do Boi Garantido, tanto empurradores de alegoria, quanto artistas, se concentraram nesta quarta-feira, 9, em frente a Justiça do Trabalho de Parintins para obter resposta positiva quanto ao pagamento de contratos e acordos firmados com a agremiação vermelha. O juiz Aldemiro Rezende Dantas Júnior, titular da Vara do Trabalho de Parintins, tranquilizou os colaboradores e informou os trâmites necessários para o recebimento das parcelas pendentes referentes aos serviços prestados ao boi vermelho.

 

Dia 4, sexta-feira, o Ministério Público do Trabalho da 11ª Região (MPT) entrou com Ação Civil Pública contra o Boi Garantido com pedido de bloqueio dos recursos de patrocinadores. O juiz fez o despacho domingo, dia 6, para encaminhar ofício à Secretaria de Estado da Cultura (SEC) terça-feira, 8, em Manaus e outros patrocinadores. ?Para o dinheiro ficar à disposição da justiça, vai levar pelo menos de três a quatro dias. É muito difícil dá uma posição certa, esperamos que seja o mais rápido possível?, afirma o juiz.

 

Nessa ação, Aldemiro Dantas afirma que será pago de imediato os valores e se alguém achar incorreto as importâncias pode formalizar reclamação na Justiça do Trabalho, com prazo maior de tramitação. ?Assim que chegar o dinheiro, iremos pagar os trabalhadores. A ação é genérica. Ela aponta que existem verbas pendentes com relação as diárias dos empurradores ou rescisórias de quem trabalhou no galpão. O próprio Garantido trouxe uma relação com o nome do pessoal e os valores de cada um?, explica o magistrado.

 

Os empurradores de alegoria, conhecidos como kaçauerés, reclamam que falta o pagamento de R$ 200 restante ainda dos trabalhos do ano passado. ?Somos 180 pessoas. Nunca foi pago hora extra. Depois do festival, todo mundo desaparece e não tem ninguém para sair pelo nosso lado, desabafou o trabalhador Josivaldo Freitas Ferreira na porta da Justiça do Trabalho. Esse ano, os kaçauerés trabalharam durante 9 dias no processo de traslado das alegorias do galpão a concentração, montagem na arena e retirada pós festival.


Matéria completa na edição deste domingo do jornal impresso

 





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