Assentados de Vila Amazônia criticam inoperância da Cootempa

Notícia do dia 02/06/2014 Os agricultores da colônia do Miriti aguardam há mais de cinco meses o resultado de um projeto que teria sido elaborado por técnicos da Cootempa para a aquisição de um veículo motorizado para o transporte de produtos. De acordo com o agricultor, Aguinaldo Barros, a empresa responsável para dar assistência aos assentados de Vila Amazônia ficou de encaminhar o projeto para o Incra, em Manaus, que depois reenviaria para a agência responsável pela liberação do dinheiro, no caso o Banco da Amazônia.

Aguinaldo disse que toda vez que vai ao escritório da Cootempa, em Parintins, recebe a informação que a empresa está providenciando a elaboração do documento. No entanto, os técnicos vão resolveram a situação do agricultor. ?Estão me enrolando desde o mês de janeiro. Prometeram muita coisa e pouco fizeram?, reclamou Aguinaldo.

Seu Agnaldo disse que para transportar a produção de guaraná, açaí, tucumã, laranja e maracujá ele mesmo está investindo na compra de um triciclo motorizado. A ideia, disse o assentado, é transportar os produtos pelo ramal de mais de um quilômetro até a estrada.

De acordo com ele, o ramal está em péssimas condições de locomoção. ?Já fiz apelo para o secretário de produção que até agora, nada fez.

Denunciamos nas emissoras de rádio, mas parece que o secretário não vai resolver o nosso problema?, lamenta. Cansado de esperar a ajuda dos órgãos oficiais está mandando, por conta própria, fazer a melhoria no ramal. ?Como podemos ajudar o município  se pra quem a gente recorre acham que estamos brincando de plantar?, protesta.

O agricultor assegura que não basta as ações ficarem somente no discurso como o do slogan da Cootempa: ?12 anos semeando o futuro na Amazônia!?. ?Bem que a cooperativa poderia ser vista como uma mola mestra para o desenvolvimento da região, mas a empresa tem recebido muitas críticas pela ausência na área?, desabafou Agnaldo.

Cootempa
O coordenador da Cootempa, Carlos Pacheco Brandão, afirma que Aguinaldo Barros se enquadra no Pronaf A, especificamente para quem é de assentamento. ?A tramitação vai para o conselho que aprova os projetos dos assentados. Isso sempre é muito explicado. Constatamos que seu Aguinaldo Barros teve vários projetos aqui. Antes era proveniente de fruticultura e toda vez que se muda, temos que começar do zero, mas no dia 20 de abril enviamos o nome do agricultor para análise no Banco da Amazônia?, justifica o coordenador.

Carlos Pacheco Brandão, diz que recebeu a resposta do banco no dia 21 de maio, na qual Aguinaldo Barros está apto para fazer elaboração. O próximo passo, é enviar o nome do agricultor ao conselho do Gera que reúne todos os âmbitos da reforma agrária em Manaus para aprovação. Só quando retornar é que vamos poder fazer novamente a elaboração e submeter ao banco?, assegura.

Outro critério, segundo Carlos Brandão, é a análise do banco da Amazônia. ?Quem aprova é somente o Gera e o banco. De 63 beneficiários encaminhados à agência bancária, voltou para a Cootempa 25 nomes dia 20 de abril. Houve uma peneira e ele está apto a receber, após encontro do comitê avaliador de FNO?, informa Carlos Brandão.

Secretaria de Produção
O secretário municipal de Produção e Abastecimento e Desenvolvimento Humano (Sempadh), Samarone Moura, explicou que as melhorias na estrada do Muriti irão beneficiar cerca de 200 quilômetros do Projeto de Assentamento Vila Amazônia, com a utilização de patrulha mecanizada, abrangendo os trechos que vai da Colônia Flor de Maio até próximo à comunidade do Açaí. ?O serviço paralisou porque na comunidade Boa Esperança do Zé Açu, estrada de ligação ao Toledo Piza, estava com deficiência muito grande colocando em riscos o transporte escolar. A secretária de educação solicitou o material para recuperar a via. Sempre escutamos e atendemos as reinvindicações dos moradores?, justificou o secretário.

Ele esclareceu que a Prefeitura de Parintins dispõe apenas de uma patrulha mecanizada para 200 quilômetros de estrada. ?Temos de fazer o restante da estrada até a escola agrícola para entrarmos nos ramais como do Miriti. Trabalhamos dentro de um planejamento?, pontua o secretário Samarone.
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