Parintins em estado de alerta contra enchente

Notícia do dia 09/04/2014 Oito metros e dezoito centímetros era o índice da subida do nível das águas do rio Amazonas até a última sexta-feira, 04. Os dados são da Marinha do Brasil por meio da Agência Fluvial de Parintins, conforme monitoramento diário da régua fluviométrica instalada no porto da antiga Fabril Juta. Do dia 1º a 4 de abril, o rio Amazonas apresentou crescimento do volume de água de 8,02 cm para 8,18 cm em relação ao nível do mar.

No dia 2, a média foi 8,07 cm, enquanto no dia 3, subiu para 8,12 cm. Segundo a planilha de leitura da régua fluviométrica do período 2014, do dia 1º a 31 de março, houve elevação de 6,40 cm para 7,95 cm. No dia 11 de março, o nível das águas atingiu a marca de 7 metros e apresentou subida de 95 centímetros até o dia 31 de março. Pelos índices da Agência Fluvial de Parintins, as previsões apontam cheia igual ou menor à registrada em 2009, quando a cidade foi pega de surpresa com inundações das ruas de acesso à bairros de grande concentração populacional. 

Os dados deste ano levaram a Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) antecipar ações de prevenção, com construção de pontes fixas e provisórias nas áreas vulneráveis.  No dia 8 de janeiro de 2014, o coordenador da Comdec, Suammy Patrocínio, manifestava preocupação ao observar, pelo levantamento, índice de 4,30 cm.

Desde lá, os comparativos demonstram variações mínimas, com crescimento de 4,88 cm para 5,02 de 29 a 30 de janeiro. O início do mês de fevereiro apresentou elevações acentuadas e no dia 19 atingiu a marca de 6,00 cm. Com base no monitoramento, a Comdec elaborou planejamento para enfrentamento aos problemas sociais provocados no período de cheia do rio.
 
Prevenção
Uma das primeiras ações foi limpeza do acúmulo de lixo nas áreas vulneráveis da cidade e orientações aos moradores. Todas as secretarias municipais estão empenhadas em colaborar com ações preventivas junto a Defesa Civil. Suammy Patrocínio anuncia grande show beneficente no Bumbódromo, feijoada e bases em supermercados para receber doações.  A Comdec cadastrou todas as pessoas das áreas de risco da cidade na busca por recursos estaduais e federais. ?Parintins se encontra em estado de alerta e daqui a uns 20 dias começa ser afetada as áreas vulneráveis, com alagação de casas. O Ibama contribui com doação de madeira para maromba e as construções de pontes continuam?, afirma. 

Os bairros mais afetados são Itaguatinga, São Francisco, Itaúna I e II, Paulo Corrêa, Palmares, Santa Rita, Francesa e Santa Clara. Na zona rural de Parintins, todas as comunidades da área de várzea atingidas pela enchente terão assistência.          
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