Divulgar é preciso. Estruturar, também

Notícia do dia 17/03/2014 Por: João Carlos - professor universitário

Na última semana, e em parceria com a Empresa Brasileira de Turismo (EMBRATUR), os bois de Parintins atravessaram o Oceano Atlântico para divulgar o festival folclórico em terras portuguesas. Caprichoso e Garantido tiveram uma oportunidade única de divulgar suas marcas, e aproveitando-se que a seleção portuguesa jogará em Manaus durante a Copa do Mundo, tentou atrair os lusitanos a ?esticar? suas estadias no Amazonas, conhecendo o interior do Estado.

Os bumbás, ao que tudo indica, compreenderam que seu papel em relação a Parintins vai muito além da disputa de três dias no Bumbódromo, compreendendo seu papel para movimentar a economia da cidade. Divulgar o festival mundo afora é divulgar a cidade de Parintins, e tão importante quanto a propaganda dos Bois de pano é que as melhorias na cidade sejam proporcionais à divulgação que os bumbás fazem. Não adianta convencer o turista a conhecer o festival folclórico e tratá-lo mal; não adianta aumentar o fluxo de visitantes e eles não tenham o conforto que merecem, e além de tudo, sejam explorados economicamente com a inflação dos preços durante o período da festa.

O mundo precisa conhecer o festival, no entanto, o povo parintinense precisa receber bem essas pessoas que vem de fora. Para isso, os governos e a iniciativa privada podem incentivar cursos de bom atendimento, inglês, obrigando que os estabelecimentos invistam nessas melhorias e caso não o façam, os alvarás poderão ser cassados. Todos fazendo sua parte para que o festival cresça cada vez mais.
Não adianta trazer 300 mil visitantes e ter apenas uma pessoa para atendê-los em restaurante; não podemos aumentar o fluxo de pessoas na cidade e não assegurar que elas não tenham água e energia elétrica. Parintins precisa crescer não apenas no número de turistas, não apenas em nível econômico, mas também em pensamento.

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