Quem não nasceu em Parintins e hoje mora por aqui, percebe que a cidade não tem as melhores condições geográficas possíveis. Além da impossibilidade de deslocamentos a outras cidades por via terrestre, a limitação imposta pelo Rio Amazonas, lagos e paranás que cercam o território, além de existir lagos que invadem as ruas nos períodos de cheias, dificultam o planejamento e execução de construção de novas vias.
No entanto, a circulação de veículos nas ruas não para de aumentar. Se há pouco tempo poderíamos considerar que o trânsito da cidade era extremamente tranquilo, hoje em dia podemos afirmar que já não está tão tranquilo assim, devido o crescente número de veículos e a maneira irresponsável que carros e, principalmente, motos são conduzidos por grande parte da população.
Conforme o crescimento da cidade, e a construção de bairros relativamente distantes como o Pascoal Alaggio e o Residencial Vila Cristina, a movimentação destes veículos automotores tendem a aumentar em áreas que antes não eram urbanizadas, podendo gerar problemas ainda maiores para o problemático trânsito da cidade.
O poder público municipal, aliado ao estadual e federal, precisa pensar em um plano que ordene o trânsito de Parintins enquanto ainda é possível. Criação de novas vias em áreas que não seja suscetível a alagamentos, reordenação de vias ? transformando algumas em mão única, por exemplo ? organizando e, quem sabe, aumentando a quantidade de semáforos, entre outras coisas.
Com a estimativa de dobrar a população em menos de 20 anos, segundo o IBGE (e o consequente aumento de veículos nas ruas, em proporção semelhante) Parintins ainda estará longe de ter o fluxo de trânsito de uma grande cidade, mas, para os padrões da região, já ficará fora de controle. Ainda há tempo de buscar uma solução antes que o colapso das cidades grandes chegue por aqui.
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