Gritaria e protestos por falta de pagamento no Caprichoso

Notícia do dia 15/07/2014

Atraso no pagamento, devido ao não repasse da cota de 30% dos patrocinadores do Festival de Parintins até o momento, levou dezenas de trabalhadores a se manifestar em frente ao escritório do Boi Caprichoso para obter uma resposta por parte da diretoria quanto à previsão de liberação da última parcela dos contratos da temporada de 2014, assim como terceirizados. Exaltados, alguns colaboradores chegaram a atear fogo em pequenos blocos de isopor, como forma de protesto.

 

A Polícia Militar chegou rapidamente para manter a ordem no local, enquanto o diretor administrativo, Elias Michiles, acompanhado do diretor financeiro, Joaquim Lima, prestava esclarecimento aos trabalhadores sobre o porquê do não pagamento até agora. A diretoria do Caprichoso trabalhava com a previsão orçamentária para efetuar a quitação dos débitos logo no início do mês de julho, de acordo com a liberação da quota de patrocínios, principalmente da Secretaria de Estado da Cultura (SEC) e Coca-Cola.

 

Outros investidores devem repassar o restante de patrocínio ao longo do mês. Em meio à gritaria de uma parcela de trabalhadores, ao fundo no meio da rua, o diretor administrativo deu explicações. ?O presidente do boi busca viabilizar hoje, dia 15, em Manaus empréstimo no Bradesco para que a folha seja quitada. Pessoal, tem gente educada que quer escutar, por favor. Quinta-feira passada estive aqui com vocês e falei que a partir do momento que o dinheiro saísse nós iriamos às emissoras de rádio anunciar?, declarou.

 

?Infelizmente os recursos ainda não saíram, mas, mesmo assim, o presidente se encontra no Bradesco tentando fazer empréstimo para honrar com os compromissos do boi. Sabemos das dificuldades de cada um de vocês. Não temos em nenhum momento a intenção de enganá-los. Assim como vocês foram fiéis com o boi, nós somos fiéis com todos para com o pagamento. Só precisamos ter esse dinheiro em mãos. Sem dinheiro em mãos, não tem como haver pagamento?, disse Michiles.

 

De acordo com o diretor administrativo, os pagamentos das duas parcelas, antes do festival, aconteceram dentro do planejamento pela gestão, conforme a liberação dos recursos dos patrocinadores. ?Os bois dependem dos patrocínios para efetuar os pagamentos. Todas as rescisões contratuais estão prontas e os cheques preparados, mas não podemos passar sem dinheiro na conta. Ninguém é irresponsável de passar cheque sem fundo. Pedimos um pouco de paciência. Quando os recursos entrarem na conta, vamos chamar todos. Pode ser liberado a qualquer momento?, concluiu.  

 

 

 

 

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