O prefeito Alexandre da Carbrás (PSD),
na manhã de sexta-feira, em entrevista à rádio Clube de Parintins se pronunciou
pela primeira vez sobre o movimento ?Reage Parintins?, criado por opositores a
seu governo e sobre as declarações do vice-prefeito Carmona Oliveira (PMDB).
O movimento reuniu, pela primeira vez,
no sábado dia 08, e tem previsto mais um encontro para este dia 17 cuja
finalidade é discutir a gestão municipal e promover manifestações nas ruas da
cidade. Porém, nas redes sociais, adeptos do ?Reage Parintins? deixam bem claro
que o objetivo é tirar Carbrás da Prefeitura.
Por sua vez, Carmona teceu na
quinta-feira, 13, nos estúdios da rádio Tiradentes, duras críticas à gestão
municipal. Ele afirmou não ter tido espaço no governo Carbrás e ainda acusou o
prefeito de perseguição.
Sobre o movimento, Carbrás disse não
ter dúvida se tratar de uma ação politiqueira. ?Na verdade só mudam o nome, mas
é na verdade uma espécie de ?Fora Carbrás?. É um conflito partidário nas portas
de uma eleição estadual. Nos dois primeiros meses do meu governo houve um
movimento, mas que na verdade os atores são os mesmos?, frisou Carbrás.
Alexandre da Carbrás disse que vai
comprovar que tudo não passa de perseguição política e que o movimento e seus
integrantes se omitiram em 2011 quando em Parintins, o Ministério Público, via
CAOCRIMO, afirmou que existia formação de quadrilha, cujo um dos membros era o
prefeito da época Bi Garcia (PSDB).
?O Ministério Público mostrou a corrupção que existia em Parintins, que estava ocorrendo uma série de situações, e aí eu pergunto: onde estavam esses movimentos sociais, essas pessoas que hoje vêm com tanta fome e sede?, indagou Alexandre. Ele pediu ainda respeito a seu pai, falecido em 2012, que vem sendo atacado por membros da oposição.
O prefeito de Parintins disse não aceitar receber tratamento tão diferenciado por parte de integrantes da oposição que atuam com total incoerência. ?A Ufam fez um manifesto contra a corrupção em 2011, e não recebeu o apoio dessas pessoas. Posso citar várias como a professora Fátima Guedes. Onde estava a professora? A Fátima Guedes tinha o marido trabalhando com o ex-prefeito...?, exemplificou citando também a atuação do ex-presidente do PT, Antônio Andrade que em 2004 apoiou a junção do Partido dos Trabalhadores juntou ao PSDB em Parintins.
Sobre Carmona Oliveira
O prefeito Alexandre da Carbrás tachou o vice-prefeito Carmona Oliveira de dissimulado. Carbrás justificou dizendo que no início do governo a relação do prefeito e vice-prefeito era tranquila. ?Até haver o rompimento entre Omar e Eduardo estávamos às mil maravilhas. Fazíamos trabalhos conjuntos e tomávamos as decisões juntas. Só que eu tenho coragem de assinar, enquanto ele toma as decisões e empurra para outra pessoa assumir?, afirmou falando sobre a necessidade da prefeitura demitir funcionários.
Carbrás contou que no início do governo, o vice-prefeito fez questão de empregar o filho e a esposa na prefeitura. Alexandre lembrou que chegou a perguntar ao peemedebista sobre os seus amigos. ?Deixa eu te falar. Meus amigos são minha família?, teria dito o vice-prefeito. ?Eu peguei o carro, fui à casa de algumas pessoas próximas do Carmona e eu convidei para fazer parte do governo. Pelo Carmona nem isso tinha acontecido?, disse.
Negou que tenha impedido a entrada do
vice-prefeito na prefeitura em algum momento e revelou que em 2013, Carmona
viajou para Aruba, no Caribe, sem comunicar ou pedir autorização à Câmara
Municipal. ?O Carmona está sendo muito infeliz ao trazer ao município uma
disputa que é a Governo do Estado?, disse.
Carbrás disse ter ficado curioso quando Carmona Oliveira disse que vai acionar a Justiça para como vice-prefeito ter acesso às contas bancárias da Prefeitura. ?O que mais me preocupa é a assessoria que estava ao lado dele na hora... era o Cabeça. Imagina o Carmona na frente, tendo ao lado direito o Cabeça e do lado esquerdo o Jaime Lobato?, enfatizou lembrando ainda que ?uma auditoria do Caprichoso mostrou que mais de R$ 2 milhões passaram pela conta pessoal do Carmona e agora está sem ter o que fazer ou ter o que falar?, disparou.
