Reajustes podem afetar suas finanças em 2014

Notícia do dia 06/01/2014 Passado o clima de confraternização do réveillon, as despesas que tradicionalmente marcam os primeiros meses do ano novo já batem à porta. Em algumas semanas os boletos do Imposto Predial Territorial Urbano (IPTU) e do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) devem começar a ser entregues.

A isso, somam-se as matrículas dos filhos na escola, livros, material escolar, coisas que estão fora da planilha regular de despesas mensais e que, geralmente, vêm mais caras a cada ano. E janeiro de 2014 traz algumas novidades a mais nesse âmbito, que também podem mexer com seu bolso.

Imposto de renda
Mais brasileiros vão pagar Imposto de Renda. A nova tabela do tributo entrou em vigor no primeiro dia do ano e reajusta os valores de referência em 4,5%. Com isso, os salários pagos a partir de janeiro serão tributados levando em consideração os novos valores:

Isento de declaração: quem ganhar até R$ 1.787,77 por mês
Alíquota de 7,5%: quem ganha entre R$ 1.787,78 e R$ 2.679,29
Alíquota de 15%: quem ganha de R$ 2.679,30 a R$ 3.572,43
Alíquota de 22,5%: quem ganha de R$ 3.572,44 até R$ 4.463,81
Alíquota de 27,5%: para quem ganha acima de R$ 4.463,81 por mês

Vale lembrar que esses valores serão tomados como referência para a declaração de 2015. A declaração que deverá ser feita neste ano tomará como parâmetro a tabela de 2013.

IPI mais alto
Quem tem planos de comprar um carro novo pode se preparar para pagar mais por isso. O Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), reduzido pelo governo para estimular o mercado durante a crise, voltou para o patamar original. Os carros populares (1.0) passam a ter alíquotas de 3% (antes era de 2%) e, em julho, o percentual pode subir para 7%, valor que vigorava antes de o governo anunciar a redução. Os veículos 1.0 e 2.0 flex passaram de 7% para 9% e podem chegar a 11% em junho.

Compras no exterior, uso de cartões de débito no exterior, compras de cheque de viagem e carregamento de cartões pré-pagos passam a ter uma tarifa maior do Imposto Sobre Operações Financeiras. De 0,38% o percentual passa agora para 6,38%. O objetivo do governo foi igualar os valores pagos nessas transações ao das compras com cartão de crédito internacional.

Salário mínimo
Não são só as despesas que vão aumentar. O salário mínimo também terá um novo valor. Passará dos atuais R$ 678 para R$ 724. Mas, infelizmente, continua baixo. O último valor apresentado pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos) para o ?salário mínimo ideal do brasileiro? foi de R$ 2.824,92. A notícia ?boa? é que nos últimos 10 anos a diferença entre o mínimo real e o ideal caiu bastante. Em 1993, o ideal era cerca de nove vezes maior que o real. Hoje, é ?apenas? quatro vezes.
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