Notícia do dia 23/12/2013
Após protestos de produtores, a Agência do Banco da Amazônia iniciou a liberação dos créditos de financiamentos do Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar (Pronaf) para trabalhadores rurais de Parintins, Barreirinha e Nhamundá. O pagamento estava engatado desde outubro por uma série de exigências feitas pelo novo gerente do banco em Parintins.Representantes sindicais e órgãos de assistência técnica de extensão rural negociaram com o setor jurídico da Superintendência do Banco da Amazônia em Manaus na segunda-feira, 16. Produtores, com faixas e cartazes, fizeram uma grande manifestação em frente à sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Parintins para cobrar a liberação dos financiamentos.
O gerente do banco em Parintins ficou retido dentro do escritório do sindicato por pelo menos três horas em função da revolta estourada do lado de fora. Os trabalhadores acusavam o gerente de colocar dificuldades para liberação dos créditos do Pronaf ao exigir título definitivo da terra na qual os produtores exercem atividade.
O gerente afirmou que não podia simplesmente fechar os olhos e fazer liberação aleatória. “Não impedimos as pessoas de pegarem financiamentos”, comentou. O posicionamento do gerente foi contestado pelos representantes sindicais e assistências técnicas de extensão rural. O técnico da Cootempa, Jorge Nascimento, considerou o impasse um banho de água fria nos produtores pela criação de expectativa e não liberação do Pronaf.
O gerente preferia discutir conceitos na reunião no sindicato. Para Jorge Nascimento, se for levada para essa pauta, o próprio Estatuto da Terra diz que o poceiro é o proprietário do terreno. “A gente precisa que o plano agrícola seja cumprido. Os produtores necessitam dos recursos para investimentos dentro das unidades de produção familiar”, ressaltou.
Liberação
Com a negociação com a Superintendência do Banco da Amazônia, na manhã de quarta-feira, 18, iniciou a operacionalização dos financiamentos. Noventa e dois produtores sindicalizados de Parintins estavam credenciados para receber o crédito. Anteriormente, no mês de outubro, a primeira turma de 71 produtores foi contemplada com a liberação do recurso.
O secretário de políticas agrárias do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Parintins, Ednaldo Oliveira, avaliou que a liberação de quase um milhão e meio para a segunda turma de projetos é resultado das negociações com a Superintendência do Banco. A média dos créditos varia entre R$ 9 e R$ 20 mil para cada agricultor de Parintins, Barreirinha e Nhamundá.
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