Praça Digital interditada por risco de desabamento

Praça Digital interditada por risco de desabamento Notícia do dia 16/12/2013 Fissuras, rachaduras, infiltrações, rebocos deteriorados, comprometimento da estrutura de madeira, ferragem corrosivo, rompimento de pilastras, banheiros danificados e muro de contenção cedendo mostram o grau de risco de desabamento da Praça Digital Cristo Redentor. Inaugurada em dezembro de 2007, a obra teve mais de R$ 2 milhões de investimentos, com recursos gerenciados pela Caixa Econômica Federal.

Para a execução do projeto, o município entrou com uma contrapartida. Não passou muito tempo e os problemas estruturais começaram a aparecer. Houve necessidade de duas reformas para correção das falhas técnicas. Em setembro deste ano, engenheiros da Universidade Federal do Amazonas (UFAM) identificaram os problemas estruturais, com riscos de desmoronamento, e recomendaram interdição.

Durante coletiva de imprensa, na manhã de sexta-feira, 13, na sala de reunião da Prefeitura de Parintins, os professores de engenharia da UFAM, Raimundo Vasconcelos e Jorge Santiago apresentaram relatório da inspeção. O representante da Coordenadoria de Defesa Civil, Suammy Patrocínio, e a secretária de Obras, Grace Garzon, acompanharam o encontro. Os especialistas encontraram dificuldades na inspeção pela ausência do projeto original.

O engenheiro Raimundo Vasconcelos destacou que a avaliação também atingiu a área do Mercado Municipal Leopoldo Neves (Mercado Central). O professor Jorge Santiago, acompanhado do engenheiro Nilton Campelo, fez a inspeção no dia 7 de setembro. O levantamento nas duas construções consistiu em registro fotográfico. Raimundo Vasconcelos declarou que chamou bastante atenção a situação da Praça Digital.

De acordo com o especialista, a obra, apesar de nova, apresenta inúmeros problemas oriundos dos riscos de execução do projeto, possivelmente inadequada. “Não deveriam ocorrer em uma estrutura com esta idade. São problemas graves. No laudo, chegamos à conclusão de interditar a praça pela segurança de quem a utiliza”, enfatizou Raimundo Vasconcelos. A segunda etapa vai abranger ensaios precisos para detectar os riscos.

A terceira etapa é a elaboração pela Secretaria Municipal de Obras do projeto de recuperação para saber o custo. Os engenheiros não têm previsão da vida útil da construção, mas não recomendam concentração humana e eventos na praça. Por outro lado, a estrutura do mercado central sofre problemas, não tão graves. A Comdec anuncia interdição da praça para amanhã, segunda-feira, 16, com remoção dos 11 permissionários dos boxes. 
Tags: