
Na manhã de quinta-feira, 05, a delegada Ana Denise Machado ouviu a menor e abriu investigação para apurar os crimes com outras vítimas, também adolescentes. De acordo com a delegada, a 3ª Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher, Idosos, Crianças e Adolescentes tinha inúmeras denúncias contra Renato Fragata sobre os supostos abusos.
Ele foi enquadrado no artigo 241-D do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ana Denise confirmou que o acusado cometia os crimes assumindo a identidade de pai de santo. “As mães comunicaram que ele apresentava esse tipo de comportamento. Ele induzia as meninas que tinham um grande mal e iria curá-las. Com isso aproveitava a fragilidade das vítimas e praticava o ato sexual”, comentou a delegada.
Suposta cura
Segundo a delegada, Renato Fragata teria dito que a mãe da vítima de 12 anos era amaldiçoada e a menina precisaria ser submetida à sessão de cura. “Inclusive chegou a lambar com fio a garota e passou a mão nas partes íntimas com intuito de tirar a maldição da filha através de sexo”, destacou Ana Denise. O acusado negou todas as acusações, inclusive a de ser pai de santo.
Conforme Renato se fosse curandeiro teria terreiro para ritual. De acordo com ele, meninas sempre vão à sua residência na Rua Fortaleza, bairro Palmares, bater papo. O acusado desafiou a todos a fazer qualquer tipo de exame que não irão provar nada.
A menina de 12 anos declarou que foi levada para a área da Lagoa da Francesa na noite de quarta-feira, na companhia de outra adolescente, onde Renato Fragata lhe lambou nas pernas com o cordão com crucifixo. Ela confidenciou que acusado é líder de um grupo chamado “A hora do pesadelo”, criado para se proteger de um feiticeiro recém-chegado na cidade.
A garota declarou que entrou no grupo levada por um primo de 13 anos, porém não conhecia a outra menina, muito menos Renato Fragata. Os integrantes do grupo são colegas de aula da vítima. Ela disse ter conhecimento de que o acusado já tinha estuprado uma colega e pelo menos cinco foram vítimas.
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