Notícia do dia 30/09/2013
Conflitos familiares cada vez mais causam problemas sociais aos filhos na Ilha Tupinambarana. A preocupação é do Conselho Tutelar de Parintins pelo alto número de ocorrências nos últimos tempos no município. Diretamente ligados à separação entre pais, os casos chamam atenção de autoridades da rede proteção das crianças e adolescentes. Outros agravantes levantados pelo Conselho Tutelar são os elevados índices de evasão escolar, baixo rendimento e crianças não quererem mais ir à escola. “Pais e mães perderam o poder em cima das crianças e adolescentes. Isso preocupa muito o Conselho Tutelar, porque trabalhamos com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA)”, frisa o conselheiro Marcos Azevedo.
Para ele, cabe punição pelo estatuto aos pais, se preciso for, para colocar as crianças nas escolas. Marcos Azevedo verifica que hoje, praticamente, o Conselho Tutelar fica de ‘mãos atadas’, principalmente devido às crianças e adolescentes violarem os próprios direitos, na qual os pais não tem mais poder de mandar para escola, muito menos aplicar disciplinas.
“Aquela orientação de prevenção a alguma coisa, de evitar o inevitável do filho. Chamar a atenção em casa. Infelizmente várias famílias perderam esse poder”, observa o conselheiro ao constatar desestrutura familiar no momento da separação dos pais. Como adultos, eles organizam a vida, mas as crianças e adolescentes se tornam vítimas sociais.
Cuidados
Os filhos precisam dos pais para ter orientação, educação, sustentação e acompanhamento periódico das atividades escolares desde o momento da matrícula até o final do calendário. Caso os não cumpram com as obrigações, os pais podem ser denunciados no Conselho Tutelar, Ministério Público e Juizado da Infância e da Juventude, pela existência das pessoas dependentes, os filhos.
As negligências aumentam gradativamente em Parintins quando o homem deixa a mulher com um ‘bando’ de filhos e vai embora. Ainda nem organizou a vida dos filhos deixados para trás, arruma outra companheira e não demora muito para surgir outra gravidez. “Fazer criança é fácil, mas criar é difícil. É dever dos pais, sustentar, educar, matricular e proporcionar lazer”, conclui o conselheiro Marcos Azevedo.
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