Notícia do dia 02/09/2013
Ao concluir o 8º mês de trabalho, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) enumera como um dos desafios enormes a falta do profissional médico para atender a demanda, principalmente na zona rural. Atualmente, dois médicos se revesam a cada duas semanas entre os polos Mocambo do Arari e Caburi, além de um permanente na Vila Amazônia. A necessidade motivou a secretária de saúde, Maria do Desterro Liberal, inscrever Parintins no Programa “Mais médicos”, do Governo Federal.A Semsa vive a expectativa da contratação de 11 profissionais. O Ministério da Saúde comunicou oficialmente a Semsa sobre a adesão no “Mais médicos”. “Aguardamos manifestação do Ministério da Saúde para a confirmação do total de médicos solicitados. A adesão nos permitiu fazer cadastro de 11 profissionais. Se vai ser confirmada essa contratação, o sistema nos informa. É tudo comandado pelo Ministério da Saúde. A gente faz a adesão, mas o Ministério é quem diz se vai ser 100% ou parcialmente”, explica a secretária de saúde.
Parintins não recebeu nenhum profissional na primeira etapa do programa. De acordo com Maria do Desterro, o município conta hoje com 40 médicos. Através dos relatórios estatísticos entregues pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), a Semsa observa a diminuição da demanda nos hospitais. No horário noturno, entre 19h e 23h, há grande demanda. Daí à necessidade de abrir a UBS à noite para atender a demanda espontânea. “É uma necessidade real. Tomamos providências para contratar médicos e atender nesse horário”, enfatiza.
Para Desterro Liberal, o maior desafio é a falta de médicos e aquisição de pessoal, não obstante da realidade nacional. “Estamos nessa fase de estruturação. Pedimos à população que busque, da melhor maneira possível, atendimento nos postos de saúde. Por meio da estratégia saúde da família, com enfermeiro, médico, técnico e agente, as pessoas podem ter problemas resolvidos. Só é necessário ir aos hospitais nos casos de urgência e emergência. Se resolve as coisas na atenção básica e os hospitais ficam somente como referência para casos de urgência ou emergência”, orienta.
Segundo a secretária, esse é um dos desafios, mas necessita-se oferecer condições para os médicos e a equipe de estratégia da família resolverem os problemas na atenção básica. Um dos requisitos é ter medicamento disponível aos pacientes que recorrem às UBS. Outro gargalo apontado por Desterro Liberal é a marcação de exames em que os pacientes muitas vezes enfrentam demora na realização. Desde julho, a Semsa prioriza para gestantes o agendamento dos exames o mais breve possível.
As ultrassonografias são feitas todos os sábados no Hospital Jofre Cohen, em virtude do Programa Rede Cegonha. A secretária acentua que um representante do Governo do Estado esteve em Parintins para implantação da regulação. Com a inscrição do município na regulação do Estado, os exames passam a ser marcados nas próprias UBS e facilita o acesso da população à marcação. Desterro Liberal assegura que uma das prioridades da Semsa é trabalhar em parceria com o Estado para que os exames sejam agendados nas unidades de saúde.
Gerlean Brasil
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