Notícia do dia 28/08/2013
A Secretaria de Saúde do município de Parintins, realizou a apreensão de tucumãs vendidos em diversas feiras e comércios da ilha após as suspeitas de intoxicação alimentar por carbureto, substância química usada para amadurecer a fruta artificialmente.
Amostras da fruta também foram enviadas ao Laboratório Central (Lacen), em Manaus, com previsão de resultado para 30 dias.
“Fizemos a apreensão nas principais feiras de Parintins como a Feira do Paraná, Itaúna e Centro. Estamos fiscalizando intensamente os vendedores, que, por enquanto, estão proibidos de vender a fruta. Usar carbureto é ilegal e os vendedores têm que estar cientes disso”, disse a secretária de saúde da ilha, Maria do Desterro.
Na última segunda-feira (26), Karina Fonseca da Silva, de 17 anos, morreu no Hospital Padre Colombo, depois de uma parada cardíaca. A jovem começou a sentir os sintomas de diarreia, vômito e fraqueza na sexta-feira (23) e foi internada.
A pedido da família, ela teve alta no domingo (25), porém, retornou a unidade no dia seguinte em estado grave e faleceu. Segundo a secretária, três famílias consumiram o tucumã da feira ‘Zézito Assayag’, no dia 22 de agosto. Karina foi o único membro da sua família que sentiu os sintomas.
Outras quatro pessoas foram internadas, mas foram liberadas após medicação. Maria informou, ainda, que a família de Karina contou que a jovem ingeriu uma grande quantidade da fruta.
“No momento, não temos ninguém internado e estamos orientando as pessoas, que comeram a fruta, a partir do último dia 22 de agosto, a procurarem o hospital caso sintam os sintomas como diarreia, dor abdominal e vômito. Pedimos que informem ao serviço de saúde se comeram a fruta, pois isso facilita nossa contagem das pessoas afetadas”, informou.
Investigação
Além da apreensão do tucumã, a Secretaria também apurou informações com o vendedor da feira onde as famílias compraram a fruta e avisou a Polícia Civil para abrir investigação.
“Não é a primeira vez que isso acontece aqui. Precisamos descobrir quem é a fonte que distribui para os feirantes. O vendedor disse que comprou a fruta da Agrovila da comunidade de Caburi e as investigações terão foco lá”, disse a secretária.
Segundo informações da Polícia Civil, as investigações já estão em andamento.
O titular da Delegacia Interativa de Parintins, Ivo Cunha, está à frente do caso e informou, por meio de assessoria, que várias pessoas trabalham com o tucumã na Agrovila de Caburi, desta forma, a polícia ainda não trabalha com um suspeito em potencial.
D24am.com
