Preços altos penaliza turistas e parintinenses

Preços altos penaliza turistas  e parintinenses Notícia do dia 24/06/2013 A cinco dias para o início do Festival Folclórico de Parintins, uma prática comum e nociva a coletividade entra em ação: o aumento  abusivo de preços de produtos e serviços. A caristia desenfreada castiga visitantes e principalmente a população do município e da zona rural que tem seu poder de compra diminuído.

Da tradicional cuia de tacacá, passando pelas corridas de mototaxis, pelo preço da alimentação em self-service, diárias em pousadas ou hotéis e outras áreas, raros são os empresários que deixam de aumentar os preços em seus estabelecimentos.

Em uma das mais tradicionais vendedoras de tacacá de Parintins, a cuia da iguaria regional teve o preço elevado de R$ 7 para 10 e até R$ 15,  ou seja, cerca de 100% de elevação. Em um dos restaurantes que mais cresceu em 2013 em Parintins, no centro da cidade, o preço do quilo da comida em self-service saiu de R$ 20 para R$ 25, o que representa um aumento de 25%. 

Na tarde de quinta-feira, 20, em assembleia, os mototaxis decidiram aumentar o preço da corrida durante a semana do Festival Folclórico. De R$ 4  para R$ 5, no perímetro urbano de Parintins.

O presidente da Cooperativa dos Mototaxistas de Parintins, Raimundo Carvalho Martins, afirma que a elevação do preço leva em consideração a inflação de produtos como o pescado e carne. Ele afirma que o preço voltará ao preço anterior após a festa. “Vale lembrar que não aumentamos o preço da corrida do centro da cidade para o aeroporto e vice-versa, continuará R$ 15 reais”, informou.

Exceção

Mas entre os que entendem que aumentar preços é uma estratégia inteligente, há quem atue de forma inversa como forma de atrair mais clientes. É o caso da manicure Nazaré Souza, no Bairro de Santa Clara. Nazaré afirma que trabalha há mais de duas décadas e sempre mantém os preços por entender que o parintinense é o mais afetado com a caristia. “Eu não aumento o valor dos meus serviços por entender que devemos valorizar nossos clientes que estão conosco o ano todo. Eu mesmo como parintinense me acho prejudicada com o aumento abusivo do preços, então não cometo o mesmo erro”, enfatizou.

Nazaré diz que suas filhas Idaliana e Diane concordam com a forma de tratamento diferenciado em relação a outros empresários parintinenses. “Eu recebo muitos visitantes em casa durante o Festival, e parte deles traz comida, bebida e outras coisas de Manaus por sair mais em conta. No final das contas, quando todos aumentam, todos perdem”, concluiu.

Márcio Costa

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