
Durante o I Fórum sobre Logística e Segurança
HidroPortuária, chamou atenção o pronunciamento do presidente da União
dosDeficientes Visuais de Parintins (Udevip), jornalista Elenilson
Ramos,relacionado à falta de acessibilidade nas embarcações. Um dos
principais pontos levantados por Elenilson Ramos foi sobre asdificuldades,
principalmente de cadeirantes, viajarem nas embarcações.Conforme decreto
5.296/2004, as embarcações eram obrigadas a seadequarem para permitir viagem
aos deficientes sem dificuldade.
O prazo era de 36 meses a partir da data de homologação dodecreto e se esgotou
em dezembro de 2007. Segundo dados do senso 2010do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE), Parintinstêm 20.136 pessoas portadoras de
necessidades especiais. Com objetivode implementar ações
que minimizem os impactos negativos na prestação de serviços, o I Fórum reuniu
representantes de vários segmentos, no salãosuperior do Terminal Hidroviário de
Parintins na manhã de segunda-feira, 13.
Promovido pela Agência Fluvial de Parintins, o Fórum tevecomo pauta
acessibilidade, segurança da navegação, embarque edesembarque de menores de
idade, trabalho infantil, fiscalização econtrole sanitário, além da
fiscalização e controle de acesso. OCapitão-Tenente Manoel Ribeiro Neto
apresentou o projeto da novaAgência Fluvial de Parintins a ser construída no
estacionamento doTerminal Hidroviário. Manoel Ribeiro anunciou curso de
enfermagemoferecido pela Agência Fluvial de Parintins, credenciado pelo
Conselho
Regional de Enfermagem (Coren-AM).
A secretária municipal de cultura e turismo, Cléia Viana,manifestou
preocupação em relação às embarcações ‘hotéis’ atracadas emtoda orla da cidade,
no período do Festival Folclórico. “Na orla deParintins muitos barcos servem de
hotel. É vendido um pacote, comdireito à alimentação e hospedagem. Muitas vezes
é incluso atéingresso para o Festival. Uma das preocupações nossas é a
exploraçãosexual infantil e até mesmo o tráfico de drogas, assim como humano.Vamos
fiscalizar juntamente com todos os órgãos envolvidos”, lembrou.
Para o Festival, a Coordenadoria de Terras, Cadastro eArrecadação, através do
secretário Flávio Cardoso, se prontificou em cadastrar todos os vendedores de
passagens. A gerente do TerminalHidroviário de Parintins, Gildeth Prado,
recomendou que as ações nãofossem somente para o período do Festival
Folclórico, mas permanenteso ano inteiro. A gerente solicitou a destinação de
uma área fora dafrente do Terminal Hidroviário para a comercialização de
bilhetes de passagens.
O encontro discutiu a organização do estacionamento doTerminal
Hidroviário. O presidente da Associação dos Transportadoresde Cargas
(Sindcarga), José Wilson, embasado na Lei Municipal519/2012, reforçou que ficam
encarregados o Executivo e o Sindicatode definirem área para estacionamento.
Além disso, Gildeth Pradoapresentou dados estatísticos da movimentação no
Terminal Hidroviáriode Parintins 2012, tanto de embarque e desembarque, quanto
o número deembarcações.
Manoel Ribeiro considerou que Parintins é uma
cidadereconhecida no âmbito internacional e em 2013 o Festival promete sermais
elevado, em virtude do centenário dos bumbás e da reinauguraçãodo Bumbódromo.
“A Marinha do Brasil tem preocupação quanto à segurançada navegação e das
pessoas que vêm para o Festival. O encontro visoucolocar para a população e
órgãos da área quais são as deficiênciaspara fazermos a tempo as correções
necessárias e não aconteça nenhumproblema por falta de planejamento”, concluiu.
Texto: Gelean Brasil