Fórum discute deficiências portuárias

Fórum discute deficiências portuárias Notícia do dia 17/05/2013

Durante o I Fórum sobre Logística e Segurança HidroPortuária, chamou atenção o pronunciamento do presidente da União dosDeficientes Visuais de Parintins (Udevip), jornalista Elenilson Ramos,relacionado à falta de acessibilidade nas embarcações. Um dos
principais pontos levantados por Elenilson Ramos foi sobre asdificuldades, principalmente de cadeirantes, viajarem nas embarcações.Conforme decreto 5.296/2004, as embarcações eram obrigadas a seadequarem para permitir viagem aos deficientes sem dificuldade.

O prazo era de 36 meses a partir da data de homologação dodecreto e se esgotou em dezembro de 2007. Segundo dados do senso 2010do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Parintinstêm 20.136 pessoas portadoras de necessidades especiais. Com objetivode implementar ações que minimizem os impactos negativos na prestação de serviços, o I Fórum reuniu representantes de vários segmentos, no salãosuperior do Terminal Hidroviário de Parintins na manhã de segunda-feira, 13.

Promovido pela Agência Fluvial de Parintins, o Fórum tevecomo pauta acessibilidade, segurança da navegação, embarque edesembarque de menores de idade, trabalho infantil, fiscalização econtrole sanitário, além da fiscalização e controle de acesso. OCapitão-Tenente Manoel Ribeiro Neto apresentou o projeto da novaAgência Fluvial de Parintins a ser construída no estacionamento doTerminal Hidroviário. Manoel Ribeiro anunciou curso de enfermagemoferecido pela Agência Fluvial de Parintins, credenciado pelo Conselho
Regional de Enfermagem (Coren-AM).

 A secretária municipal de cultura e turismo, Cléia Viana,manifestou preocupação em relação às embarcações ‘hotéis’ atracadas emtoda orla da cidade, no período do Festival Folclórico. “Na orla deParintins muitos barcos servem de hotel. É vendido um pacote, comdireito à alimentação e hospedagem. Muitas vezes é incluso atéingresso para o Festival. Uma das preocupações nossas é a exploraçãosexual infantil e até mesmo o tráfico de drogas, assim como humano.Vamos fiscalizar juntamente com todos os órgãos envolvidos”, lembrou.

Para o Festival, a Coordenadoria de Terras, Cadastro eArrecadação, através do secretário Flávio Cardoso, se prontificou em cadastrar todos os vendedores de passagens. A gerente do TerminalHidroviário de Parintins, Gildeth Prado, recomendou que as ações nãofossem somente para o período do Festival Folclórico, mas permanenteso ano inteiro. A gerente solicitou a destinação de uma área fora dafrente do Terminal Hidroviário para a comercialização de bilhetes de passagens.

 O encontro discutiu a organização do estacionamento doTerminal Hidroviário. O presidente da Associação dos Transportadoresde Cargas (Sindcarga), José Wilson, embasado na Lei Municipal519/2012, reforçou que ficam encarregados o Executivo e o Sindicatode definirem área para estacionamento. Além disso, Gildeth Pradoapresentou dados estatísticos da movimentação no Terminal Hidroviáriode Parintins 2012, tanto de embarque e desembarque, quanto o número deembarcações.

Manoel Ribeiro considerou que Parintins é uma cidadereconhecida no âmbito internacional e em 2013 o Festival promete sermais elevado, em virtude do centenário dos bumbás e da reinauguraçãodo Bumbódromo. “A Marinha do Brasil tem preocupação quanto à segurançada navegação e das pessoas que vêm para o Festival. O encontro visoucolocar para a população e órgãos da área quais são as deficiênciaspara fazermos a tempo as correções necessárias e não aconteça nenhumproblema por falta de planejamento”, concluiu.

Texto: Gelean Brasil

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