PM abre sindicância para apurar caso de indivíduo baleado

PM abre sindicância para apurar caso de indivíduo baleado Notícia do dia 13/05/2013

O Comando do Batalhão Tupinambarana da Polícia Militar do Amazonas vai abrir procedimento administrativo para apurar o caso do indivíduo Wicley Aporcino Teixeira, 27, baleado pelo soldado Lúcio Almeida ao reagir à voz de prisão. O fato aconteceu no início da tarde de sábado, 11, na Rua Alberto Mendes, próximo ao conhecido Bar da Lama. O elemento ameaçava pessoas no referido Bar com uma chave de fenda. Acompanhado de outro soldado, Lúcio Almeida fazia ronda de motocicleta nas ruas da cidade quando recebeu ordem para atender a ocorrência.


Ao receber voz de prisão dos militares, Wicley Teixeira partiu para cima do soldado Lúcio Almeida com a chave de fenda. Para se defender, o militar deu o primeiro disparo com uma pistola P.40 e acertou abaixo da cintura. Apesar de atingido, Wicley Teixeira ainda tentou avançar com a ferramenta na mão para cima do policial, mas levou o segundo tiro na região do estômago. O indivíduo ficou caído no meio da rua baleado, enquanto a ambulância era acionada pela PM para envio ao Hospital Jofre Cohen. Wicley Teixeira passou por mais de duas horas de cirurgia e encontra-se em quadro estável.

De acordo com o comandante do Batalhão Tupinambarana, major Valadares Pereira Júnior, a abertura de sindicância é o procedimento padrão da instituição militar, mesmo que fosse disparo de fogo em via pública praticado por policial militar de serviço ou fora de serviço. “Abre-se o inquérito policial militar para apurar o motivo do disparo de fogo. Nesse caso, principalmente, veio a alvejar um indivíduo e por conta disso vai se abrir normalmente o procedimento. O prazo é entorno de 40 dias, prorrogável por mais 20. A gente depois encaminha para a Justiça Militar”, afirma.

Casos registrados

Sobre o disparo de advertência, major Valadares Júnior destaca que “isso está dentro da formação do policial militar. Desde o período de formação, a gente aprende a resposta proporcional às ações oriundas de delinquentes. Nessa ação específica, as informações mostram que o soldado não teve como conter a ação do elemento, a não ser através da advertência inicial. Faz parte do procedimento técnico. Ele efetuou o primeiro disparo em parte não letal do corpo. Como o cidadão infrator continuou a andar em sua direção com a chave de fenda na mão, ele teve de fazer o segundo disparo”.

O comandante assegura que o militar adotou toda a seqüência do procedimento técnico para o caso específico, mas teve de alvejar o elemento. Além das formações nos quartéis, no dia a dia, na entrada de serviço, os policiais, seja graduado ou oficial, recomendam sobre as ações nas ruas no combate a criminalidade da forma como tem de proceder, conforme as técnicas aprendidas durante a formação. “As recomendações são diariamente rebatidas para o policial lembrar como são as ações e o que pode acontecer para que faça um planejamento mental nesse tipo de situação ou em qualquer outra”, enfatiza.

O caso é um alerta aos indivíduos infratores que queiram resistir a uma voz de prisão da PM. Segundo o major Valadares Júnior, existem cidadãos infratores que causam risco a própria vida quando reagem a uma ação policial. “Vale lembrar até no trânsito mesmo. Numa blitz policial, aquele elemento que por medo de estar sem Carteira Nacional de Habilitação, não ter a CNH ou mesmo com veículo irregular, fura o bloqueio e tenta passar pode ser alvejado mais na frente. A partir do momento que ele tenta fugir de uma blitz, começa a se ter as hipóteses de que pode ser um elemento delinquente”, adverte.

Texto e Fotos: Gerlean Brasil         
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